Freya e o colar dos anões

Freya era uma bela deusa oriunda do país dos Vanir, que chegara junto com seu irmão Freyr a Asgard, onde viviam os deuses dominantes do panteão nórdico, liderados pelo poderoso Odin. Apesar de ser uma estranha e pertencer a uma raça divina considerada inferior, Freya não demorara a conquistar a admiração de todos graças à sua beleza e seu provocante charme. Bem pouco tímida, a encantadora deusa podia ser considerada a equivalente nórdica de Vênus, a deusa do amor grego; tal como esta, também não tinha muitos escrúpulos de ordem moral, o que lhe permitia estar sempre envolvida em muitas aventuras, na maioria das vezes com deuses – o que não a impedia, entretanto, de freqüentar de vez em quando outra classe de seres.

A mais sensual das deusas morava no palácio Sessrymnir, que os deuses haviam lhe presenteado, o qual era tão bem protegido que ninguém, a não ser a própria Freya, detinha as suas chaves. Sua carruagem finíssima era puxada por alvíssimos gatos da cor da neve, tão alvos que ao se observar à distância a carruagem a deslizar por um campo nevado, tinha-se a nítida impressão de que ela se movia sozinha, ou pelo menos, de que era puxada por um pequeno bando espectral de olhos oblíquos e esverdeados.

Freya, como todas as mulheres belas, tinha uma vaidade pronunciada, e seu xodó particular era um maravilhoso casaco feito de pele de gavião, com o qual podia voar livremente pelo mundo, disfarçada desta ave. Naturalmente, também apreciava toda a espécie de jóias e enfeites, chegando a perder a cabeça quando enxergava uma nova peça, a qual sempre lhe parecia mais bela que as anteriores. E foi justamente por causa de uma jóia – a mais encantadora de quantas já houve neste mundo – que se originou a história de Freya e seu colar, que tanto rebuliço provocaria entre os deuses.

Uma vez, a deusa, que preferia dar os seus passeios à noite, havia vestido casaco mágico e sobrevoava o mundo em busca de um pouco de amor e prazer, quando, já ao retornar para casa, teve sua atenção atraída pela luz ofuscante que saía de uma caverna.

Era a forja dos Brisings, anões artífices que se dedicavam a confeccionar as mais belas jóias do universo. Curiosa, ela resolveu ir dar uma espiada. Pé ante pé (já havia retomado sua forma maravilhosamente feminina), ela foi adentrando a caverna. O clarão do fogo iluminava o interior com um relâmpago amarelado, que lançava sobre as paredes as silhuetas pequenas e atarefadas dos quatro anões.

– Está quase pronto, irmãos! – disse uma vozinha meio fanha.

Os outros três acorreram logo até onde estava o primeiro.

– Sim, o fecho está perfeito! – exclamou o segundo.

– E as jóias, perfeitamente engastadas! – elogiou o terceiro.

– Jamais se viu um colar tão lindo! – disse, por último, o quarto, aplaudindo a obra-prima com entusiasmo.

Freya, que escutava tudo atentamente, perdeu a fala. – “Que colar magnífico será este?”, pensou, roendo as unhas.

Freya foi avançando mais e mais, cosida à sua própria sombra na parede, até que finalmente pôde divisar o colar, que havia sido colocado, cuidadosamente, sobre uma mesa. Deixando, então, de lado toda precaução, Freya lançou um grito de admiração: –

Oh, não pode ser verdade o que meus olhos vêem! -exclamou, quase perdendo os sentidos.

Os quatro anões tomaram um susto tão grande que suas pequeninas sombras saltitaram nas paredes. – Quem é você? – disse o anão um.

– Ora, não a está reconhecendo? – disse o anão dois.

O anão três adiantou-se, então, e disse: – Seja muito bem-vinda por aqui, adorável Freya!

– Saiba que esta é uma honra gigantesca para nós! – disse o anão quatro, que amava os superlativos.

Mas a deusa nada respondia: seus olhos percorriam de ponta à ponta o colar de sonho, que poderia levar, tranqüilamente, qualquer mulher ao crime e mesmo ao assassinato. Pedras preciosas, que pareciam pequenas gemas de um fogo cristalino e liquefeito, estavam perfeitamente engastadas numa armação originalíssima feita de um metal, que o olho mais atilado não seria capaz de definir se era de puríssimo ouro ou da prata mais fina, tal a facilidade com que seu aspecto se intercambiava. – Não, isto não existe!… – dizia Freya, boquiaberta.

Era tal o interesse que parecia demonstrar pela mais encantadora das jóias que todos os seus sentidos estavam entregues ao jogo prazeroso de absorver aquela estonteante criação. A deusa podia não somente ver o colar, como também cheirá-lo –

sim, seu metal possuía um odor gélido e refrescante, enquanto que suas pedras, cada qual mais faiscante que a outra, possuíam aromas que superavam infinitamente ao da mais exótica especiaria ou do mais inebriante perfume. Ela podia também sentir o próprio gosto da jóia, cem vezes melhor do que do próprio hidromel, a bebida dos deuses.

Mesmo sem tocá-lo, ela já podia sentir o contorno da armação e o volume das pedras, pressionando a polpa dos seus dedos, e o mais estranho: podia escutar um ruído, perfeitamente audível, que emanava da preciosidade como se fosse uma música, uma pequena sinfonia executada pelos metais e minerais coligados, mas que nada tinha a ver com nossas enfadonhas composições artísticas. Na verdade nem ela própria, que era uma deusa, tinha a menor condição de explicar.

Freya teria ficado ainda muito tempo fascinada pela jóia, se os anões não a tivessem despertado de sua admiração hipnótica.

– Vamos deusa, acorde! – gritava o anão três, saltitando ao seu redor como uma pequenina bola dotada de braços.

Muito a custo, Freya despertou de seu sono estético. – Oh, anões maravilhosos!… –

disse ela, com os olhos ardendo em súplica. – Eu o quero…! Quero mais que tudo neste mundo!

Os quatro anões ergueram suas cabeças, apontando seus narizes escarlates para ela (todos os anões, na verdade, têm os narizes vermelhos ou inchados; mas, ao contrário do que possa se pensar, não os têm por abusar da bebida, mas por causa de uma pequenina vela, que, geralmente, trazem pendente sobre a cabeça para suas expedições dentro das cavernas. Como é sabido, são eméritos minera-dores e, de tanto receberem as gotas eventuais da cera derretida sobre seus protuberantes narizes – anões são geralmente narigudos -, estão sempre com o aspecto de quem está embriagado ou simplesmente gripado).

Freya, ao vê-los todos com os narizes eretos apontados para ela, tomou um ligeiro susto. – Ui! O que foi caros Brisings? – disse ela, acariciando suas cabeças. – Não cometerão a terrível deselegância de me negar este presentinho, não é mesmo?

– Rrrrum-rum-rum!… – começaram os quatro a fazer ao mesmo tempo, porém, de maneira desencontrada, o que era a sua maneira de expressar uma dúvida atroz.

Então, o anão um tomou o anão dois pela parte traseira do gibãozinho esverdeado e o arrastou até o fundo da caverna. O anão dois, tão logo sentiu que o agarravam, atracou-se à parte traseira do gibãozinho do anão três e fez o mesmo, de tal modo que, sendo levado, também levava. O anão três fez a mesma coisa ao anão quatro e este, não podendo fazer outra coisa, cruzou os braços e se deixou levar. Assim encadeados, foram os quatro de marcha a ré até o canto mais afastado da apertada forja, onde se puseram a confabular miudamente.

– Irmãos – disse o anão um, com o semblante solene. – Ou muito estou enganado, ou chegou a nossa vez de provar também das delícias dos braços de Freya (anões nunca empregam outro eufemismo quando querem se referir aos jogos do amor).

– Nós… e Freya? – perguntou o anão dois, completamente atônito.

– Um de cada vez, é claro…! – especificou o anão um, pois estes seres são geralmente castos e detestam promiscuidade.

– Em troca do colar?… – quis saber o anão três.

– Lógico, idiota! – respondeu o anão um. – Seus braços não valem, cnlão, dez colares iguais a este?

– Sim, e além do mais poderemos fazer muitos outros, ainda que dificilmente os igualemos ao Brisingamen. – O anão quatro referia-se ao colar, que recebera esta denominação.

Freya estava entregue, outra vez, à contemplação de sua adorada jóia. Os anões, que não eram nada estúpidos, perceberam, claramente, que, se lhe negas sem a posse do colar, ela daria um jeito de levá-lo de qualquer maneira, de tal modo que, ao fim e ao cabo, acabariam por ficar sem o colar e sem o seu lindo pescoço – ou antes, sem os seus lindos braços.

O anão um veio à frente dos quatro e pronunciou o veredicto: – Muito bom, adorável Freya, o colar será seu… – A deusa deu um pulo de satisfação tão alto que quase bateu com a cabeça no teto da caverna. – Mas espere! – disse o anão porta-voz. – Somente será seu se…

– Sim, diga e eu farei qualquer coisa!

– Qualquer coisa mesmo?

– Sim, sim, qualquer coisa!

Então, os quatro anões apontaram outra vez os seus protuberantes narizes para ela e todos disseram a uma só voz: – Queremos gozar das delícias dos seus braços, eis o que é! – Freya levou algum tempo para entender, mas quando, finalmente, o fez deu uma sonora gargalhada. – Eu… e vocês! – disse ela, muito divertida.

– Um de cada vez, é claro… – disse o anão um, meio desenxabido.

– Por que ela está rindo? – disse o anão quatro, que tinha uma suscetibilidade inversa ao seu tamanho.

– Bem – disse a deusa, tentando conter o riso -, vocês compreendem, eu nunca fiz antes com um… bem, com um… com um de vocês.

– Sabemos que nunca fez com nenhum de nós — disse o anão três, que não era lá muito inteligente.

– Não, quero dizer, com um de sua espécie – completou a deusa, enquanto os estudava detidamente.

Todos os quatro sentiram-se, então, observados da sola dos pés ao último fio de cabelo – o que não podia demorar muito, afinal. Desta análise, dependia o resultado do negócio, que prometia ser altamente rendoso para ambas as partes. Depois de algum tempo – e de algumas olhadelas cobiçosas lançadas para o magnífico colar -, Freya respirou fundo e, deixando que um grande sorriso aflorasse aos seus lábios, deu enfim a sua resposta: – Trato feito, meus queridos!

Os quatro aplaudiram, sapateando de alegria.

– Então, quem é o primeiro?

Estas repentinas e inesperadas palavras, contudo, deixaram os quatro anões tão profundamente perturbados que trombaram seus narizes uns contra os outros. De repente, o desejo, que antes os assoberbara, parecia haver se convertido em um terrível receio. “Santo deus, quem será o primeiro!”, pensaram os quatro, mergulhados em aflição. O anão dois, imediatamente, sugeriu que, pela própria hierarquia numérica, deveria ser, obviamente, o anão um. Este, entretanto, tornando-se branco como a alma dos coelhos, argumentou que não necessariamente; podia ser, perfeitamente, qualquer um deles: o três, por exemplo! Mas, o três tergiversou e passou a bola para o quatro, que teria saído correndo mesmo que tivesse só uma perna, se isto não fosse para si uma tremenda desonra. Então, Freya, percebendo o pudor que se assenhoreava da alma dos pobres anões, resolveu tirar a sorte.

– Dêem as mãos e façam um círculo ao meu redor – disse ela, imperativa.

Os quatro, meio sem jeito, fizeram o que ela ordenou e, num instante, estavam de mãos dadas, encerrando-a num minúsculo círculo.

– Agora girem! – disse ela, batendo as palmas.

– Ela está caçoando de nós! – disse o anão quatro, cuja vermelhidão do nariz espalhara-se para o restante do rosto.

– Vamos, girem!

Os quatro anões começaram a rodar em torno de Freya, que fechara os olhos.

– Fechem os olhos também! – disse ela, sentindo um vento cada vez mais forte agitar a parte inferior do seu vestido. – Mais rápido, mais rápido!

Os anões rodavam velozmente como piões encadeados a ponto de suas barbas tornarem-se oblíquas. Freya ergueu sua mão e fê-la descer às cegas.

– Pronto, é este…! – disse ela, agarrando com força um dos anões, para que não houvesse confusão acerca do resultado. Quebrado o elo da cadeia, os outros três saíram rolando pelo chão da caverna, cada qual para um lado, como bolas de boliche dotadas de minúsculos braços e pernas.

O escolhido fora o anão três, o que tergiversara!

Seus irmãos ergueram-se a custo do chão, enquanto o três tresvariava diante de Freya, vendo tudo rodar. Cinco ou seis Freyas misturavam-se à sua frente, mas, pelo menos, aquela excitação toda servira para mexer com seu sangue, pois, tão logo passara a tontura, ele todo empertigou-se e apontando seu adunco nariz para a deusa, disse-lhe num tom de voz que encheu de espanto – e admiração -os outros, que estavam a observá-lo de bico calado: – Vamos, então…?

Dando a mão ao minúsculo amante, Freya retirou-se com ele para o quarto de hóspedes. Os outros três subiram em seus tamboretes e ficaram do alto a balançar nervosamente, as suas perninhas. Um silêncio constrangedor pairava em cada milímetro da apertada caverna.

– Talvez um gole de vinho… – disse o anão um, fazendo menção de buscar a botija.

– Não sei, pode provocar náuseas… – disse o quatro, precavidamente.

Uma porta abriu, de repente, às suas costas:

– Por favor, façam um pouco de barulho; isto servirá para acalmar o seu irmão e a vocês também! – disse Freya, cujos braços já estavam completamente despidos, para utilizar o casto eufemismo dos anões.

Os três anões desceram dos seus assentos e procuraram algo para fazer -algo com bastante ruído. O anão um tomou do martelo e começou a malhar em ferro frio, o dois a lixar um pequeno espadim, enquanto que o quatro, sem saber direito o que fazer, calçara umas botas de ferro tacheadas e andava de lá para cá, batendo os pés com toda a força.

Assim, estiveram por um bom tempo até que viram voltar o anão três. Três pares de olhos angustiados fixaram-se no rosto dele, que fazia todo o esforço do mundo para esconder os seus sentimentos.

– O próximo! – disse Freya, cuja voz vinha do interior, fresca e animada. Tomado por um impulso, o anão dois adiantou-se.

– Vou eu – disse ele, meio animado, meio assustado.

A porta fechou-se e isto foi o sinal de rebate para que os demais caíssem sobre o que regressara como águias sobre a presa.

– E então? E então?

– Como foi? Vamos, diga!

– Deu certo?

– Deu errado?

– Não deu?

O anão três, entretanto, permanecia impassível.

– Nada menos que divino – disse ele, após uma longa pausa, empertigando o narigão. – Ao menos comigo.

Uma bazófia…! Um suor frio correu pela espinha dos outros dois. Eles sabiam, perfeitamente, o que significava a bazófia ou a triste vangloria: apenas o emblema de um negro fracasso!

– Ruídos, meus queridos, ruídos! – bradou uma voz lá de dentro.

Os anões voltaram às suas ocupações, procurando fazer o máximo de alarido.

E assim foi com os outros dois – que retornaram também discretamente -até que o anão um, o que ficara por último, finalmente retornou. Todos, agora, entreolhavam-se com um brilho cúmplice no olhar, que compartilhava algum triunfo e, ao mesmo tempo, exigia discrição para alguma pequenina derrota.

Jamais alguém ficou sabendo, exatamente, o que se passou dentro do pequeno e confortável cômodo no famoso dia em que os Brisings desfrutaram dos braços da mais bela das deusas. Sempre que se referiam ao episódio – o que só começaram a fazer muitos anos depois – exaltavam sempre as belezas supremas da deusa, acrescentando o desempenho magnífico que cada qual tivera e quase tornava cada vez mais magnífico a cada nova narrativa a ponto de superar qualquer proeza amorosa conhecida entre os anões e mesmo entre os deuses. Mas podemos ter a certeza que todos tiveram a melhor experiência de suas vidas e que se algum pequenino percalço ocorreu, Freya, a maravilhosa deusa do amor e do prazer, soube contorná-lo perfeitamente (não fosse ela uma profunda conhecedora do assunto!…)

E foi assim que Freya conseguiu apossar-se do Brisingamen, o mais belo colar que olhos humanos e divinos já viram.

Veja outros posts sobre a Mitologia Nórdica:


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Núcleos Narrativos de Anthares

A lista abaixo está em ordem cronológica, de acordo com a linha temporal do Universo Anthares.

PERÍODO PRÉ-DILUVIANO

• A Grande Equação
• A Criação das Dimensões
• A Insurgência e a Separação dos Acsï
• Jauz, o Portal e os Drishs
• Sete nasce – (≈ 3670 a.C.)
• Suméria fundada – (≈ 3316 a.C.)
• O Clã Hakal
• Mafug e Novo Mundo
• As Águas de Agazohu
• A Queda de Rohä
• Os Nefilins e o Guardião do Portal
• As Conquistas da Fúria
• A Fundação de QeMua
• Noé nasce (≈ 2744 a.C.)
• O Anúncio da Sentença
• O Selamento do Portal – (≈ 2590 a.C.)
• A Comunidade da Muralha
• Os Sinais dos Tempos
• A Pirâmide de Quéops – (≈ 2330 a.C.)
• Uni, o grande general egípcio (2300 a.C.)
• A Descoberta dos Ambientes Não-físicos
• O Dilúvio – ano 1656 (≈ 2144 a.C.)
• A Contenção de Rohä

DO OUTRO LADO DO PORTAL

• Hakais e QaFuga
• O Vale das Preces
• O Mago de Cipre
• A Guerra das Noites
• A Garganta de Maltam
• O Campo dos Lamentos
• Dia de Sangue
• O Mistério dos Pinages
• O Silêncio
• Drishs Avançam (RPG)
• Os Três Lendários

DO LADO DE CÁ DO PORTAL
(e itens históricos de referências cronológica)

• Caídos – A Segunda Crise
• A Comunidade Oculta
• Os Dragões Europeus
• A Confusão das Línguas
• Babel vira Babilônia – 1803 a.C.
• Ínaco funda Argos – 1802a.C.
• O Banimento dos Gigantes
• Hamurabi assume o trono – 1767 a.C.
• O Mercenário de Sodoma
• As Atas da Disputa
• O Guardião da Floresta
• Hércules mata Busíris¹ – 1471 a.C.
• Peste dos Filisteus – 1320 a.C.
• Êxodo dos hebreus – 1260 a.C.
• Isdras, o Herói da Nação – ≈ 1000 a.C.
• O Guardião da Lua
• A Origem do Japão – 697 a.C.
• As Sentinelas de Takeshi
• Buda nasce – 560 a.C.
• Jesus¹ nasce – entre 4 e 7 a.C. (pois é)²
• A Peste Antonina – 165
• A Migração dos Teutões – 350 –
• A Praga de Justiniano – 541
• Peste e Ódio – 1218
• A Orda Mongol contra os Samurais – 1274
• O Contrato de Salém – 1693
• Grande Peste de Marselha – 1720
• O Exorcista do Velho Oeste
• Constantin von Tischendorf – 1844
• Guerra Anglo-Zulu – 1879
• Grande Sismo de Kantō – 1923
• A Segunda Guerra e o Vesúvio
• Pandemia de Mortos Vivos
• Os Pequenos Sacerdotes
• A Morte de Edmundo Pinto e Ulysses Guimarães
• Chacina em Santo André
• Psy e Químico
• O Julio na Gaita e a Bicharada
• O Ponto de Étretat
• Sequestros em Mateiros
• A Ferramenta de Nuhat
• O Guardião de Tóquio
• A Militância Mundial
 Experimento Equilibrium
• O Grande Bloco Mundial
• A Revolução
• A Queda dos Estados
• O Retorno de Rafael
• O Cataclisma

OUTROS TÓPICOS IMPORTANTES

• A Magia em Anthares
• Os Drishs e a Magia
• Sistemas Mágicos em Anthares
• As Comunidades Parassociais
• Deuses do Olimpo e Nórdicos
• Lugares Misteriosos

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