Leia este post apenas depois de ter lido sobre O Guardião da Floresta.
RESUMO DO NÚCLEO
O guardião, filho de Satoshi, guardião da floresta, ficou conhecido como “guardião da lua”, por causa dos seus cabelos prateados. Ele desfez o contrato com os demônios e matou o clã opressor, libertando seu povo. Mas a perseguição não terminou. Aliás, ela aumentou. Mas o povo criou hábitos novos para escapar dos problemas.
A HISTÓRIA
O treinamento de todos os meninos da vila durava até os 16 anos, quando eles entravam num tipo de reserva. Mas houve uma reviravolta no sistema de guardiões num dado momento, quando o escolhido foi Satoshi. Satoshi, assim como todos os meninos da vila, cresceu desejando ser o guardião. Mas como várias pessoas que foram escolhidas, ele tinha sua vida e seus planos, que incluíam Suiko, a menina com quem ele flertou durante toda a sua adolescência. Os dois sempre acharam que iriam se casar, porque não esperavam que Satoshi fosse virar o guardião. Ainda assim, Satoshi dava duro nos treinos. Ao ser escolhido, teve que deixar toda a vida para trás e ir para o templo, pois o contrato dizia que o guardião precisava ficar lá isolado, fazendo apenas isso. Isolado no templo, ele aprendia magia diariamente.
Cada dia parecia mais solitário e ele não parava de pensar em Suiko. O templo tinha uma abertura no centro que, dependendo dos dias, mostrava a lua. O guardião, diariamente, cantava seus lamentos para a lua. Um dia, olhando para a lua, viu que ela começou crescer e crescer, até entrar pela abertura do templo em forma de gente. Tratava-se de um dos acsah banidos que, ao acompanhar a tristeza do guardião por longos dias, se manifestou a ele. Por causa das lendas, o guardião realmente o confundiu com a própria lua e assim o chamava.
A partir daqui, faremos um grande corte para não estragar sua experiência, caso chegue a ler a história completa, que logo virará mangá.
O guardião e a lua ficaram amigos, mas depois brigaram. Um dia, sua pretendente apareceu na floresta, mesmo proibida (sob aviso de ser destruída pelos demônios). O guardião a protegeu e eles ficaram juntos até que o desleixo do guardião pareceu pouco honrado aos demônios, fazendo-os atacá-lo. A lua salva os dois e dá poderes especiais ao guardião de um jeito inusitado. Esses poderes passam para os filhos do guardião. O primogênito nasceu com os cabelos prateados, “da cor da lua”, e isso foi visto como um prenúncio sobrenatural, um aviso de algo grandioso, que a maioria interpretou um chamado a se tornar o guardião. Em outras palavras, a vila quebrou o sistema de escolha de guardiões, deixando o título passar de pai para filho.
Os guardiões sempre mantinham um contato mínimo com a vila, mas isso mudou com Satoshi (outra hora eu explico detalhes dessa mudança). Normalmente, um guardião ficava no posto entre 10 e 20 anos, no máximo, e era substituído. Mas Satoshi demorou muito pra mostrar sinais de envelhecimento e só se aposentou por dois motivos, um era ficar mais tempo com sua esposa. O outro era seu filho, que nasceu 10 anos depois que ele já era guardião. O motivo não era “tempo com o filho”, mas que o filho se tornasse o guardião.
O filho do Satoshi herdou todas as suas habilidades, mas aparentemente num nível ainda superior. Antes de Satoshi, todos os guardiões eram preparados desde a infância e eleitos pelo mérito. Depois dele, o guardião passou a ser um posto hereditário. A cor prateada de cabelos não acontecia em todos os descendentes e geralmente ainda pulava várias gerações. Todos eles tinham habilidades físicas muito acima da média, mas quando vinha o cabelo prata significava que o poder tinha vindo em nível máximo.
Vendo que o guardião demorava a envelhecer e seu filho parecia merecer substituí-lo, eles perderam o interesse em se tornar o guardião (algo antes glamourizado). Mas a cultura de treino do clã não enfraqueceu, e foi desse clã que se originou a tradição dos monges. O filho de Satoshi decidiu que devia quebrar o contrato com os demônios e, curiosamente, eles já desejavam aquilo também. Porém, seria impossível defender uma vila de 500 pessoas contra o clã opressor. A lua desde o início tinha uma ideia, mas não era tão boa, e tempos depois ela contou. O fato era que ela sabia de um único povo que conseguia lutar de igual pra igual, ou até superar os QaFuga, do lado de lá do portal: os hakais. E ela sabia também que haviam sobrevivido hakas do lado de cá. Então, a lua tem uma ideia, viaja e volta com um presente: um haka muito peculiar, que não se sabe de onde exatamente veio.
Com o haka, o guardião continuaria sendo uma só pessoa, mas muito mais forte. O haka parecia um grande dragão, que se adaptou muito fácil ao guardião da lua, por causa de sua genética regenerativa, que inclusive foi passada ao dragão. Isso fez com que o haka pudesse se desfazer de toda aquela carapaça inútil, fruto do tipo de regeneração que ele tinha. Foi assim que ele ficou esguio como uma serpente. E essa é a origem da cultura oriental dos dragões: a serpente com cara de “oni” que não voa, antes, “salta sobre as nuvens”.
Com o recurso novo, o guardião da lua rompeu o contrato e liberou os demônios, mas também conseguiu um plano pra superar os inimigos. Porém, com o tempo, os povos vizinhos começaram a cobiçar esse poder e a perseguir os filhos dos guardiões, matando alguns deles. Quando eles finalmente entenderam a questão dos cabelos prateados, passaram a perseguir apenas a estes. Acontece que essa perseguição gerou uma medida de segurança: todos os meninos (que eram sempre treinados desde cedo) passaram a usar cabeça raspada pra proteger a identidade do filho do guardião, escondendo o cabelo. Isso contribuiu pra tradição dos monges, acrescentando o detalhe de que eles sempre usavam cabelo raspado (no meu universo, essa é a origem estética dos monges). Com o passar dos anos, isso também gerou todo um mercado negro secreto (e uma rede de mercenários) que persegue descendentes dessa linhagem, sejam com cabelos prateados ou não. Em contrapartida, e dando um salto temporal aqui, o problema também gerou a maior rede de comunicação e inteligência do planeta, que acontece, hoje, em todo o mundo, secretamente: uma rede de proteção ao guardião. São pontos espalhados por todo o mundo, muitas vezes disfarçados de dojôs, que funcionam de verdade como escola de artes marciais, mas o objetivo principal é ser um ponto de apoio, mesmo que nunca precise ser usado.
Então, até aqui, nós já justificamos em Anthares a origem dos monges, dos onis, dos youkais, de Tsukuyomi (deus lua do Xintoísmo), dos três tesouros sagrados do Japão e do dragão oriental (sim, sabemos que o dragão chinês historicamente apareceu antes, leia o post sobre A Origem do Japão).
INFORMAÇÕES EXTRAS
Apenas para complementar a ideia por trás deste núcleo, veja estes dados abaixo, que acabam se conectando com vários outros núcleos de Anthares:
De acordo com H. Welsh, cujo ponto de vista provém da associação com Ur dos Caldeus, é provável que Sinar tenha como significado a terra de Sin, deus mesopotâmico da lua, cujo templo mais antigo localizava-se em Ur. Sin possuía uma rede de templos abarcando o crescente fértil, incluindo um templo de destaque na Babilônia e um de seus famosos Portões – este também um importante templo em Harran -, além da probabilidade de haver um outro em Jericó, cidade antiga cujo nome significa “Local do Deus da Lua”.
Alguns acreditam que “Sinar” seja uma referência à terra onde atualmente se encontra a China. O nome da antiguidade mais remota para “China” é ‘Ṣīn’ ou ‘Sina’. Da mesma forma, em Latim, refere-se à China pelo nome Sinae, donde se originou o prefixo português Sino- (como em Sino-Tibetano).
Quer escrever uma história a partir disso? Encontrou erros ou quer dar sugestões? Entre em contato aqui.
QUER VIRAR ESCRITOR?
PARTICIPE DO UNIVERSO ANTHARES! SAIBA COMO CLICANDO AQUI.
Núcleos Narrativos de Anthares
A lista abaixo está em ordem cronológica, de acordo com a linha temporal do Universo Anthares.
PERÍODO PRÉ-DILUVIANO
• A Grande Equação
• A Criação das Dimensões
• A Insurgência e a Separação dos Acsï
• Jauz, o Portal e os Drishs
• Sete nasce – (≈ 3670 a.C.)
• Suméria fundada – (≈ 3316 a.C.)
• O Clã Hakal
• Mafug e Novo Mundo
• As Águas de Agazohu
• A Queda de Rohä
• Os Nefilins e o Guardião do Portal
• As Conquistas da Fúria
• A Fundação de QeMua
• Noé nasce (≈ 2744 a.C.)
• O Anúncio da Sentença
• O Selamento do Portal – (≈ 2590 a.C.)
• A Comunidade da Muralha
• Os Sinais dos Tempos
• A Pirâmide de Quéops – (≈ 2330 a.C.)
• Uni, o grande general egípcio (2300 a.C.)
• A Descoberta dos Ambientes Não-físicos
• O Dilúvio – ano 1656 (≈ 2144 a.C.)
• A Contenção de Rohä
DO OUTRO LADO DO PORTAL
• Hakais e QaFuga
• O Vale das Preces
• O Mago de Cipre
• A Guerra das Noites
• A Garganta de Maltam
• O Campo dos Lamentos
• Dia de Sangue
• O Mistério dos Pinages
• O Silêncio
• Drishs Avançam (RPG)
• Os Três Lendários
DO LADO DE CÁ DO PORTAL
(e itens históricos de referências cronológica)
• Caídos – A Segunda Crise
• A Comunidade Oculta
• Os Dragões Europeus
• A Confusão das Línguas
• Babel vira Babilônia – 1803 a.C.
• Ínaco funda Argos – 1802a.C.
• O Banimento dos Gigantes
• Hamurabi assume o trono – 1767 a.C.
• O Mercenário de Sodoma
• As Atas da Disputa
• O Guardião da Floresta
• Hércules mata Busíris¹ – 1471 a.C.
• Peste dos Filisteus – 1320 a.C.
• Êxodo dos hebreus – 1260 a.C.
• Isdras, o Herói da Nação – ≈ 1000 a.C.
• O Guardião da Lua
• A Origem do Japão – 697 a.C.
• As Sentinelas de Takeshi
• Buda nasce – 560 a.C.
• Jesus¹ nasce – entre 4 e 7 a.C. (pois é)²
• A Peste Antonina – 165
• A Migração dos Teutões – 350 –
• A Praga de Justiniano – 541
• Peste e Ódio – 1218
• A Orda Mongol contra os Samurais – 1274
• O Contrato de Salém – 1693
• Grande Peste de Marselha – 1720
• O Exorcista do Velho Oeste
• Constantin von Tischendorf – 1844
• Guerra Anglo-Zulu – 1879
• Grande Sismo de Kantō – 1923
• A Segunda Guerra e o Vesúvio
• Pandemia de Mortos Vivos
• Os Pequenos Sacerdotes
• A Morte de Edmundo Pinto e Ulysses Guimarães
• Chacina em Santo André
• Psy e Químico
• O Julio na Gaita e a Bicharada
• O Ponto de Étretat
• Sequestros em Mateiros
• A Ferramenta de Nuhat
• O Guardião de Tóquio
• A Militância Mundial
• Experimento Equilibrium
• O Grande Bloco Mundial
• A Revolução
• A Queda dos Estados
• O Retorno de Rafael
• O Cataclisma
OUTROS TÓPICOS IMPORTANTES
• A Magia em Anthares
• Os Drishs e a Magia
• Sistemas Mágicos em Anthares
• As Comunidades Parassociais
• Deuses do Olimpo e Nórdicos
• Lugares Misteriosos
[…] O Guardião da Lua […]
[…] O Guardião da Lua […]
[…] De qualquer forma, eis aí a justificativa para a existência de hakas ainda hoje na Terra e a origem das lendas sobre os dragões ao estilo europeu, que são diferentes dos dragões orientais, explicados no post sobre O Guardião da Lua. […]
[…] núcleo surgiu da necessidade de colocar um ponto a mais na localização temporal do Guardião da Lua e tudo que gira em torno dele. Se não tem ideia do que se trata, leia sobre isso antes de […]
[…] item gira em torno de uma personagem. Trata-se de uma menina que conseguiu, do mesmo jeito que o Guardião da Lua, habilidades sobre-humanas, das quais uma delas é a capacidade de se sintonizar na dimensão de […]
[…] Um deles, “o deus da lua” (Mani), é descrito na tradição nórdica como aquele que teve duas filhas a quem deu o nome de Sol e Lua, o que teria revoltado os demais deuses, a ponto de sequestrarem-nas. Em outra ocasião, Mani mesmo sequestra duas crianças e as leva para morar com ele na lua. Esse personagem pode ser relacionado com outro já pronto em Anthares, que está no núcleo do Guardião da Lua. […]
[…] E foi por isso também que, na biblioteca do povo do Guardião da Floresta, o conhecimento mágico vinha também de lá, mesmo lugar de onde veio o dragão dado ao guardião. […]
[…] O Guardião da Lua […]
[…] e Lua já têm associações em Anthares, que você pode ler aqui e aqui. Mas a harmonização com os elementos nórdicos está no link […]
[…] O Guardião da Lua […]
[…] O Guardião da Lua […]
[…] O Guardião da Lua […]
[…] O Guardião da Lua […]
[…] O Guardião da Lua […]
[…] dos hebreus – 1260 a.C.• Isdras, o Herói da Nação – ≈ 1000 a.C.• O Guardião da Lua• A Origem do Japão – 697 a.C.• As Sentinelas de Takeshi• Buda nasce – 560 […]
[…] dos hebreus – 1260 a.C.• Isdras, o Herói da Nação – ≈ 1000 a.C.• O Guardião da Lua• A Origem do Japão – 697 a.C.• As Sentinelas de Takeshi• Buda nasce – 560 […]
[…] dos hebreus – 1260 a.C.• Isdras, o Herói da Nação – ≈ 1000 a.C.• O Guardião da Lua• A Origem do Japão – 697 a.C.• As Sentinelas de Takeshi• Buda nasce – 560 […]
[…] dos hebreus – 1260 a.C.• Isdras, o Herói da Nação – ≈ 1000 a.C.• O Guardião da Lua• A Origem do Japão – 697 a.C.• As Sentinelas de Takeshi• Buda nasce – 560 […]
[…] dos hebreus – 1260 a.C.• Isdras, o Herói da Nação – ≈ 1000 a.C.• O Guardião da Lua• A Origem do Japão – 697 a.C.• As Sentinelas de Takeshi• Buda nasce – 560 […]
[…] dos hebreus – 1260 a.C.• Isdras, o Herói da Nação – ≈ 1000 a.C.• O Guardião da Lua• A Origem do Japão – 697 a.C.• As Sentinelas de Takeshi• Buda nasce – 560 […]
[…] dos hebreus – 1260 a.C.• Isdras, o Herói da Nação – ≈ 1000 a.C.• O Guardião da Lua• A Origem do Japão – 697 a.C.• As Sentinelas de Takeshi• Buda nasce – 560 […]