Profetas, Videntes e Pressagistas

add: os luzeiros falam de Deus, não da sorte humana

Como parte de sua mitologia, o Universo Anthares adota toda a narrativa bíblica, mas este post não é sobre nada do que consta lá.

O que acontece é que Fonte Azul, em especial, tem um histórico longo de profetas e outras funções do mesmo gênero que permeiam algumas histórias. Isso acontece bastante no livro O Silêncio, por exemplo.

Antes de continuar, veremos algumas informações sobre a classe dos profetas à luz dos registros do Antigo Oriente Próximo, visto que o Universo Anthares é uma baixa fantasia. Em seguida, veremos como é essa divisão e distinção entre profetas, videntes e pressagistas.

INFORMAÇÕES HISTÓRICAS

Na tradição judaica do Antigo Testamento, os profetas foram indivíduos chamados por Deus para uma tarefa específica de mediação para com o povo. Todavia, a figura dos profetas não é inédita e exclusiva ao texto bíblico. De acordo com antigas evidências literárias, sabemos da existência de pessoas com a mesma função no contexto do Antigo Oriente Próximo e de civilizações antigas do mundo mediterrâneo.

À semelhança dos profetas bíblicos, esses emissários divinos desempenhavam um papel de interlocutores e porta-vozes das divindades, particularmente associados aos seus templos e santuários de adoração. Dentro do mundo mesopotâmico, os baru, por exemplo, eram uma classe de agentes religiosos que passava por um intenso treinamento a fim de poder discernir a vontade dos deuses nas mais diversas formas. Ademais, também temos no contexto oriental o aparecimento de profetas não profissionais, os quais, tomados por forças sobrenaturais, tinham a habilidade de traduzir verbalmente os oráculos divinos. Um exemplo desse tipo de profetas extáticos são os muhhu, na cidade mesopotâmica de Mari, que entravam em transe como forma de comunicar os oráculos, e os assinu, profetas que se vestiam e agiam como mulheres para entregar os oráculos da deusa Ishtar, de quem eram representantes.

Por falar em mulheres, nesses contexto dos videntes estáticos temos ainda as sibilas. “Sibila” significa aquela que anuncia os oráculos (respostas, conselhos ou planos) dos deuses. Clique aqui para ler mais sobre elas. Outro grupo semelhante foi o dos básquidas (uma família sacerdotal que pronunciou os oráculos na antiga cidade grega de Claros).

Essas práticas pressupunham a existência de deuses que, de alguma maneira, controlavam as forças da natureza e exerciam seu poder sobre elas e sobre o destino dos seres humanos. Aliás, nesse contexto, não havia separação entre as dimensões divina e humana: tudo estava diante dos deuses. Por isso, a adivinhação estava estreitamente vinculada aos ritos mágicos; ou seja, à arte, ciência ou prática baseadas na crença de ser possível influenciar o curso dos acontecimentos e produzir efeitos não naturais valendo-se da intervenção de seres fantásticos e da manipulação de algum princípio oculto que pressupunha-se estar presente na natureza.

Havia dois tipos de adivinhação na Antiguidade: indutiva e intuitiva. A adivinhação indutiva consiste, basicamente, na simples observação de elementos do mundo natural para o conhecimento da vontade dos deuses. Por exemplo, é como a ideia preservada ainda em nossos dias de que seria possível ler o futuro a partir da leitura da borra do café deixada na xícara. Nesta modalidade de adivinhação, estão a observação da natureza (astrologia e aeromancia); de animais (ornitomancia); de sacrifícios (aruspicina, hepatoscopia, capnomancia e libanomancia); de líquidos (hidromancia e lecanomancia) e de instrumentos (taça, flecha, bastão, dados, etc.). Já na adivinhação intuitiva, existe um esforço de interpretação a partir de alguns fenômenos, como os sonhos, consulta aos mortos e oráculos divinos.

Em seguida, veremos a distinção que será feita no Universo Anthares das diferentes classes: profetas, videntes e pressagistas. Como foi dito, a distinção serve apenas para o uso ficcional. Se quiser ler algo mais técnico e histórico, leia o post: Profetas e Profecia.

QUAL A DIFERENÇA ENTRE AS CLASSES?

Os Profetas. Profeta e profecia são termos relacionados, mas o ofício profético nunca foi apenas dizer coisas que deveriam se cumprir. Um profeta, em geral, é aquele que se levanta para confrontar a nação, chamá-la de volta às suas tradições e alertá-la de que, na falta de arrependimento e mudança, algo terrível acontecerá. Apenas mediante todo esse processo, o profeta diz qual é o fim que se abaterá sobre o povo. Em Anthares, um profeta é aquele que legitimamente tiver sido escolhido por Nuhat para o ofício completo que acabamos de descrever, o que inclui fazer anúncios, muitas vezes não muito claros, mas que não têm a menor chance de falhar ou mudar. Nesse sentido, o poder nunca está no profeta, nem tem ele qualquer autonomia sobre o que prediz.

Os Videntes. Diferente do ofício profético, a vidência não é um ofício, mas um dom. Ser profeta implica em ser vidente, pois consiste na capacidade sobre-humana, concedida por Nuhat, que muito além de apenas identificar os problemas morais da nação, consistia numa apurada leitura cultural ao ponto de mostrá-lo os rumos certos do povo. Os sábios das nações, levantados por Nuhat, eram homens que sabiam ler os tempos. Eles sabiam ler o macro das situações e entendê-las e, com isso, podiam anunciar o que muito provavelmente se abateria sobre todos. Eles não falavam da parte de Nuhat, mas usavam o dom recebido para tentar servir a nação da melhor forma possível. Talvez, possam ser associados com os xamãs.

Os Pressagistas. Os pressagistas foram homens que, analisando os indícios no próprio tecido da realidade e conhecendo a forma que o universo funciona, tinham grandes e apurados palpites de coisas que poderiam vir a acontecer. Eles também eram sábios que podiam “ler os tempos”, mas o faziam por treino. Um presságio é uma percepção/sensação de que algo irá acontecer, com base na leitura da realidade. Mas além disso, é uma leitura do que pode vir a acontecer, que pode ter origem em um fato ou um sinal. Talvez, possam ser associados aos druidas.

Obs.: Talvez, mais adiante, apareçam ainda duas outras categorias: os agoureiros que, em resumo, conseguem dizer a coisas certas pra influenciar o meio sensível (classe ainda em desenvolvimento, baseada no “profeta” pagão Balaão, que aparece na Bíblia, em Números 22 – veja também 2Reis 21:6) e os médiuns (com base na necromante de 1Samuel 28). Uma terceira categoria em desenvolvimento é a dos prognosticadores (semelhante aos adivinhadores – Gênesis 44:5; Deuteronômio 18:10). Leia ainda esta outra lista mais completa na Bíblia, em Deuteronômio 18, a partir do verso 9.


Fizemos um post extra sobre a vidência na tradição hebraica da Bíblia: Os Videntes na Bíblia.

ADENDO: Observe que o profetismo, de certa forma, abrange todas as qualidades dos três grupos.

Os profetas hebreus comissionados por Deus vinham das várias classes sociais do povo, como com Eliseu e Amos. Eles tinham a tarefa de advertir a nação a respeito dos castigos que sobreviriam àqueles que persistissem em permanecer na prática da iniquidade. Eram resolutos em enfatizar a santidade de Deus, e suas críticas à moralidade contemporânea eram feitas numa tentativa de apontar o caminho para uma vida religiosa perfeita, para toda a nação. Em algumas ocasiões coube a eles revelar os conselhos divinos ligados a alguma situação específica, como pode ser ilustrado pela referência a Elias (1 Rs 18.17 e versículos seguintes), Amos (4.4 e versículos seguintes.), Jeremias (26.12 e versículos seguintes.) e Ezequiel (27.2 e versículos seguintes). Embora frequentemente lidassem com questões políticas, sociais e religiosas contemporâneas em suas declarações, eles também eram completamente conscientes do fato de que o futuro sempre depende daquilo que fazemos no presente. Como consequência disso, experimentavam pouca dificuldade em examinar o cenário histórico mais distante, e predizer com extraordinária exatidão o resultado dos padrões políticos e sociais correntes. A antítese moderna entre pós-dizer e predizer teria sido, portanto, sem sentido para os profetas hebreus. (R. K. Harrison – Tempos do Antigo Testamento, p. 218).

ALGUNS PERSONAGENS

Do mundo real, um exemplo que temos de vidente é a Joana d’Arc. Clique para entender os motivos.

Um personagem enigmático de Anthares é o Mago de Cipre, e uma das poucas pessoas que escreveu sobre ele foi o profeta Osha, primeiro profeta hakal e também o primeiro deles a manifestar o hakiba do tipo cajado (ataque). No livro citado acima há uma referência a esses dois personagens desta forma:

Alguns dizem que ele ergueu barreiras invisíveis num campo onde já sabia que seria encontrado pela besta, e usou magia escura para se defender. Outros dizem que foi justamente por ter usado apenas magia branca que não pôde dominar o Vapor de Ferro, pois o preço do pacto o teria feito fraquejar antes do fim da batalha. Por outro lado, Osha escreveu que ele “não deveria ter abusado do favor daquelas almas”, mas ninguém soube ao certo o significado dessa anotação e de onde o profeta retirou as informações que tinha sobre o mago.

Osha também profetizou sobre o findar dos dias. Em outro trecho do livro, lemos:

A profecia sobre a qual conversavam segundos antes parecia dizer que um QaFuga seria inserido no seio da família Hakal por um dos seus e que isso originaria uma nova guerra entre eles, causando a destruição de muitos de ambos os clãs. Isso estava na profecia de Osha sobre o dragão e o verme – eles entendiam que o dragão fosse um haka, e o verme, uma QaNai. No impulso, foram até Secaji Diba conferir o quão próximo dos termos da profecia esta ocasião estava. Era difícil não se apavorar com o que leram. A parte que mais importava dizia: “E vi um dragão prateado que saía do sul e ia para o norte; e descendo o dragão prateado do céu, encontrava um verme; e o dragão prateado trazia consigo o verme, e havia paz entre dragão e verme. Mas havia um dragão vermelho e este dragão não compreendia. E houve confronto entre o dragão vermelho e todos os outros vermes; e os vermes eram mais nobres que o dragão, que pelo fogo de seu próprio conselho os matou a todos; vermes e dragão pereceram”.

Outro profeta foi Almiro, o profeta dos tempos de Aodin que escreveu sobre o Dia de Sangue e juntou um livro com várias profecias e visões de muitos profetas e videntes diferentes: o Livro dos Sábios.

O último profeta hakal foi Jeú. Por causa dele, há um lugar memorável a uma hora do Planalto Hakal: o Penhasco das Ervas Roxas, onde Jeú, o último profeta hakal, profetizou mil noites. Uma de suas profecias também está no livro:

Uma delas veio de seu último profeta, Jeú, que escreveu:  “Quando o grande temerá? A pergunta desonra nossos valentes! Assim amargam nossos frutos e choram nossas flores. Mas chegará o dia, o poder surgirá estranho e o fará tremer, quando vier o último suspiro da chama sobre ti”.

Depois de um tempo, as profecias cessaram e restaram os videntes. Posteriormente, eles também deixaram de existir e surgiram os pressagistas. Um deles foi Tsaron.

Os hakais não tinham pelos pressagistas o mesmo temor que tiveram pelos profetas ou mesmo pelos videntes. Ainda assim, a maioria respeitava Tsaron – ainda que alguns hostis, por medo ou desprezo. Tsaron tentava ao máximo compensar sua falibilidade com conhecimento. A revelação havia sido encerrada, mas isso não significava que ela não tivesse nada a dizer para aqueles dias. Ao contrário, se a revelação estava encerrada, ela tinha tudo o que deveria ser dito para todos os tempos.

Esperamos conseguir, a longo prazo, ter de fato esses livros citados (de Jeú, Osha e Almiro), dentre outros. Mas precisamos de muita colaboração para montar, especialmente, os contextos que deram origem às suas profecias.

Se quiser ler mais sobre isso, à guisa de pesquisa, veja este post aqui.

Sobre o Profetismo de Israel, veja este outro post.

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Núcleos Narrativos de Anthares

A lista abaixo está em ordem cronológica, de acordo com a linha temporal do Universo Anthares.

PERÍODO PRÉ-DILUVIANO

• A Grande Equação
• A Criação das Dimensões
• A Insurgência e a Separação dos Acsï
• Jauz, o Portal e os Drishs
• Sete nasce – (≈ 3670 a.C.)
• Suméria fundada – (≈ 3316 a.C.)
• O Clã Hakal
• Mafug e Novo Mundo
• As Águas de Agazohu
• A Queda de Rohä
• Os Nefilins e o Guardião do Portal
• As Conquistas da Fúria
• A Fundação de QeMua
• Noé nasce (≈ 2744 a.C.)
• O Anúncio da Sentença
• O Selamento do Portal – (≈ 2590 a.C.)
• A Comunidade da Muralha
• Os Sinais dos Tempos
• A Pirâmide de Quéops – (≈ 2330 a.C.)
• Uni, o grande general egípcio (2300 a.C.)
• A Descoberta dos Ambientes Não-físicos
• O Dilúvio – ano 1656 (≈ 2144 a.C.)
• A Contenção de Rohä

DO OUTRO LADO DO PORTAL

• Hakais e QaFuga
• O Vale das Preces
• O Mago de Cipre
• A Guerra das Noites
• A Garganta de Maltam
• O Campo dos Lamentos
• Dia de Sangue
• O Mistério dos Pinages
• O Silêncio
• Drishs Avançam (RPG)
• Os Três Lendários

DO LADO DE CÁ DO PORTAL
(e itens históricos de referências cronológica)

• Caídos – A Segunda Crise
• A Comunidade Oculta
• Os Dragões Europeus
• A Confusão das Línguas
• Babel vira Babilônia – 1803 a.C.
• Ínaco funda Argos – 1802a.C.
• O Banimento dos Gigantes
• Hamurabi assume o trono – 1767 a.C.
• O Mercenário de Sodoma
• As Atas da Disputa
• O Guardião da Floresta
• Hércules mata Busíris¹ – 1471 a.C.
• Peste dos Filisteus – 1320 a.C.
• Êxodo dos hebreus – 1260 a.C.
• Isdras, o Herói da Nação – ≈ 1000 a.C.
• O Guardião da Lua
• A Origem do Japão – 697 a.C.
• As Sentinelas de Takeshi
• Buda nasce – 560 a.C.
• Jesus¹ nasce – entre 4 e 7 a.C. (pois é)²
• A Peste Antonina – 165
• A Migração dos Teutões – 350 –
• A Praga de Justiniano – 541
• Peste e Ódio – 1218
• A Orda Mongol contra os Samurais – 1274
• O Contrato de Salém – 1693
• Grande Peste de Marselha – 1720
• O Exorcista do Velho Oeste
• Constantin von Tischendorf – 1844
• Guerra Anglo-Zulu – 1879
• Grande Sismo de Kantō – 1923
• A Segunda Guerra e o Vesúvio
• Pandemia de Mortos Vivos
• Os Pequenos Sacerdotes
• A Morte de Edmundo Pinto e Ulysses Guimarães
• Chacina em Santo André
• Psy e Químico
• O Julio na Gaita e a Bicharada
• O Ponto de Étretat
• Sequestros em Mateiros
• A Ferramenta de Nuhat
• O Guardião de Tóquio
• A Militância Mundial
 Experimento Equilibrium
• O Grande Bloco Mundial
• A Revolução
• A Queda dos Estados
• O Retorno de Rafael
• O Cataclisma

OUTROS TÓPICOS IMPORTANTES

• A Magia em Anthares
• Os Drishs e a Magia
• Sistemas Mágicos em Anthares
• As Comunidades Parassociais
• Deuses do Olimpo e Nórdicos
• Lugares Misteriosos

Os Nefilins - Universo Anthares

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[…] Nós temos um herói que foi citado apenas de relance no livro O Silêncio, que pode entrar nessa categoria. Porém, como a história do livro se passa em Fonte Azul, onde nenhum descendente dos Acsï jamais entrou, então ou a história sobre ele precisa ser anterior ao fechamento do portal ou ele tem que ter sido especialmente forte e habilidoso por outros meios. A citação que temos é assim: “O guerreiro foi Ïtaro, dos relatos segundo constam no livro de Jeú”. O nome pronuncia-se: Íntaro. Jeú é um profeta hakal. […]

A Fé em Anthares - Universo Anthares

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[…] A fé em Anthares, além de não ser antagônica à razão, vai além dela, a transcende. Esse fator fé no nosso universo é necessário para magia funcionar, mas a fé em questão não pode ser só uma confiança na magia, ela tem que ser algo como uma noção numinosa (noção do sagrado/sobrenatural/incompreensível). Aqui, então, entra uma diferença básica entre pedir (tentar inserir comandos no universo) e rezar. Essa noção numinosa é a mesma base da intuição dos druidas e dos pressagistas, como explicamos já no artigo sobre Profetas, Videntes e Pressagistas. […]

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Druidas de Danu – Mitologia Irlandesa - Universo Anthares

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