Avalon – Mitologia Celta - Universo Anthares

Avalon é vista como uma ilha envolta em névoa de magia e mitos antigos, uma entrada para o Outro mundo onde as pessoas viveram por centenas de anos e uma fonte moderna de paz interior e sabedoria.

O que é Avalon?

Avalon é a ilha mítica, na lenda arturiana, também conhecida como Ilha das Maçãs ou Ilha de Vidro . Diz-se que os lendários poderes de cura da ilha restauraram o Rei Arthur depois que ele foi ferido em uma grande batalha. Sua espada, Excalibur, foi forjada lá também, de acordo com autores arturianos.

Fonte e Etimologia

Avalon é mencionado pela primeira vez na Historia Regum Britanniae de Geoffrey de Monmouth , um texto histórico fictício escrito em 1136, onde ele se refere a Avalon como Avallo . Em sua Vita Merlini , ele se refere à Insula Pomorum , a Ilha das Maçãs, em conexão com a ilha mítica. Aqui, podemos ver a estreita conexão com os celtas, como a palavra celta Avallo , o irlandês antigo aball , avallenn do bretão médio e afall do galês médiotodos se referem à maçã. Segundo estudiosos, a maçã provavelmente representa a imortalidade e também implica um lugar distante, devido à percepção de que as maçãs geralmente são cultivadas em regiões distantes. O nome Avalon pode até estar ligado a Avalloc , um deus celta, de acordo com fontes.

Localização

Na mitologia celta, Avalon está associado à vida após a morte e até mesmo se acreditava que existia fora do tempo normal. Era considerado acessível por ilhas distantes da costa da Grã-Bretanha. Os celtas acreditavam que as ilhas eram portais místicos e se referiam a elas como as Ilhas dos Mortos . Depois que Arthur foi gravemente ferido na Batalha de Camlann, ele foi levado para a ilha para se curar. Fontes afirmam que a ilha também foi o lar da deusa celta, Morgan le Fay. De acordo com o Vita Merlini , Avalon era uma ilha semelhante aos Campos de Elysium, onde as plantações floresciam e as pessoas viviam vidas extraordinariamente longas.

Glastonbury

Muitos autores e historiadores arturianos consideram Glastonbury como a localização de Avalon. O nome Glastonbury, em sua forma galesa mais antiga, traduzido como Ilha de Vidro . Como a área era muito pantanosa, era compreensível que as pessoas da época a considerassem uma ilha. Nos tempos celtas, o Glastonbury Tor, ou colina, era um local religioso sagrado. Os peregrinos costumavam seguir os sacerdotes e sacerdotisas das religiões pagãs, ou antigas celtas, em uma procissão subindo o Tor. Eles acreditavam que o Tor detinha uma entrada secreta para a vida após a morte.

A partir de 670 DC, o Tor foi ocupado por um mosteiro beneditino chamado Abadia de Glastonbury . Em 1190, os monges da abadia reivindicaram que os ossos do Rei Arthur e Guinevere foram enterrados lá. Eles supostamente descobriram uma cruz e um caixão no local com as palavras Aqui está o renomado Rei Arthur na Ilha de Avalongravado na cruz. De acordo com os estudiosos, um grande esqueleto masculino foi encontrado no caixão, supostamente com um ferimento na cabeça. Infelizmente, a única prova dessa afirmação é um relato de segunda mão de um homem que falou com uma suposta testemunha na época. A reivindicação dos monges, no entanto, chamou muita atenção para sua abadia, o que resultou em um afluxo de visitantes e maior apoio financeiro. Ainda hoje, os visitantes são recebidos em Glastonbury com a placa: The Ancient Avalon. Os historiadores continuam a debater se Glastonbury é de fato Avalon, mas geralmente a afirmação é rejeitada.

Em referências modernas

A série de televisão Merlin da BBC é baseada nas lendas arturianas e menciona a ilha mítica. Na série, eles se referem frequentemente ao Lago de Avalon . O lago era o lar de criaturas aladas imortais chamadas Sidhe e uma das poucas entradas para a vida após a morte. Merlin jogou a espada, Excalibur, no lago, onde Arthur mais tarde a recuperou da pedra.

Muitos pagãos modernos se inspiram na lenda de Avalon como um caminho para a sabedoria interior. Eles também veem o Glastonbury Tor como um local espiritual significativo, ainda hoje. Os Trabalhadores da Luz, curadores espirituais, também acreditam que a ilha mística representa um caminho para a paz interior ou o paraíso.

O politeísmo celta teve uma grande influência na mitologia, incluindo a lenda de Avalon. Uma vez que os celtas estavam intimamente ligados à natureza e ao sobrenatural, a ilha mítica e seus poderes de cura foram um exemplo significativo de seu sistema de crenças e, ainda hoje, a ilha permanece ligada às artes mágicas e de cura.