Este núcleo trata do episódio da Torre de Babel.
RESUMO DO NÚCLEO
A humanidade estava depravada mais uma vez. As pessoas sabiam das histórias sobre o Dilúvio, mas ao invés de se arrependerem, tentaram apenas se proteger a fim de se sentirem livres para se tornarem ainda piores. Nuhat, então, os impede de acessar o Idioma Criacional e dá a eles novos idiomas, gerando confusão e fazendo-os finalmente se espalhar pela Terra.
A HISTÓRIA
A depravação da humanidade, a queda de Rohä e o surgimento dos nefilins trouxeram o Dilúvio como parte da Sentença. Depois da destruição, Nuhat prometeu não mais trazer juízo dessa forma. Pouco tempo depois, a humanidade já estava com todos os mesmos problemas. Pela tradição oral, a maioria sabia sobre o que havia acontecido em tempos anteriores e muitos temeram. Havia uma concentração de pessoas e comunidades próximas à região da Mesopotâmia, onde toda a tecnologia estava se desenvolvendo, origem também das civilizações mais antigas, como os sumários e os acadianos. Foi nesse contexto que surgiu, por exemplo, a Comunidade Oculta, a primeira que se afastou da sociedade. E foi assim também que se iniciou também a construção de uma torre na cidade de Babel, lugar que veio a ser a Babilônia posteriormente. No conto Os Ocultos Emergirão, lemos:
A repetição da injúria trouxe novamente o avanço da corrupção sobre a Terra. Com medo, os homens ergueram uma torre, maior que todas, pensando que assim escapariam caso Nuhah não cumprisse sua promessa.
Entenda: a torre, em si, não tinha nada demais. Mas ela foi usada como exemplo, como marco, para o relativismo moral da humanidade que, ao invés de refletir sobre seus erros, de tão cega que estava quanto a isso, uma das cidades decidiu se “proteger de Nuhat”, fazendo um zigurate tão alto que não pudesse ser submerso nas águas, caso Ele viesse a punir novamente a Terra.
Os zigurates, via de regra, eram tentativas de se invocar os Acsï, tidos em muitos lugares como deuses. Daí o nome Babilônia, que significa “Portal dos deuses”. Na Babilônia, com a torre de Babel em seu centro, também tentou-se invocar esses seres para pedir seu favor. Talvez essa prática tenha se iniciado sob orientação e ego dos próprios Acsï.
O fato é que diante da tolice e soberba humana e do fato de que sem nenhuma intervenção um caos muito maior se instalaria, Nuhat confunde as línguas de toda a humanidade. Em outras palavras, as pessoas não conseguiam conversar umas com as outras, pois tiveram seus idiomas alterados.
Isso aconteceu em 1996 do Ano Criacional, aproximadamente 1764 a.C.
Por aqui, houve confusão entre os homens. Cada família compreendia seus membros, mas não podia compreender as demais. A linguagem foi confundida, atrasando todo e qualquer avanço que o homem sequer poderia agora conceber.
A ação de Nuhat teve dois efeitos imediatos: separar as comunidades depravadas e unir as famílias. Isso se deu por que não foi cada pessoa que recebeu um idioma diferente, mas cada família.
Para entender melhor o quão importante é o vínculo familiar nos tempos antigos, eis uma citação do especialista Roland de Vaux, sobre a instituição do go’el:
Os membros da família em sentido amplo devem uns aos outros ajuda e proteção. A prática particular desse dever é regulada por uma instituição da qual se encontram formas análogas em outros povos, por exemplo, entre os árabes, mas que, em Israel, toma uma forma particular, com um vocabulário especial. E a instituição do go’el, palavra procedente de uma raiz que significa “resgatar, reivindicar”, e, mais fundamentalmente, “proteger”. O go’el é um redentor, um defensor, um protetor dos interesses do indivíduo e do grupo. Ele intervém em certo número de casos […]
O vínculo de sangue, real ou suposto, cria uma solidariedade entre todos os membros da tribo. É um sentimento extremamente vivo, que persistiu por muito tempo depois da sedentarização. A honra e a desonra de cada membro repercute em todo o grupo. Uma maldição se estende a toda a raça e Deus A castiga as faltas dos pais nos filhos até a quarta geração, Ex 20.5. Um chefe valoroso honra a toda uma família, enquanto que um grupo inteiro sofre as consequências do erro de seu dirigente, IISm 21.1. Essa solidariedade se expressa de modo particular no dever que se impõe ao grupo de proteger seus membros fracos e oprimidos. Essa é a obrigação por trás da instituição do go’el, que excede as condições do nomadismo.
A obrigação mais grave do go’el israelita é a de assegurar a vingança de sangue, na qual se descobre uma lei do deserto: o târ dos árabes. O sangue de um parente deve ser vingado mediante a morte do que o derramou ou, na falta desse, com a morte de alguém de sua família; no interior do grupo não há lugar para a vingança de sangue, mas para o castigo ou expulsão do culpado. Os árabes dizem: “Nosso sangue foi derramado”. Esse dever pesava primitivamente sobre todos os membros da tribo, e sua extensão permitia determinar os limites do grupo tribal. Na prática recente, a obrigação é mais restrita e não vai além da parentela familiar, se bem que essa é tomada em sentido bastante amplo. Além disso, para evitar os assassinatos em cadeia, procura-se substituir o târ por uma compensação que a família da vítima aceita espontaneamente ou à força. A mesma lei existia em Israel.
Instituições de Israel no Antigo Testamento, p.26, 37.
Obs.: Para entender melhor as diferenças entre família, clã e tribo, veja o post Hakais e QaFuga.
Uma curiosidade que pode ser explorada: analisando as idades na genealogia bíblica, Noé ainda estava vivo quando tudo isso aconteceu, tendo morrido somente cerca de 6 anos depois.
Como a confusão das línguas era uma medida para toda a humanidade, os seus efeitos também alcançaram Fonte Azul, onde já havia civilizações humanas muito mais antigas que nem sequer entenderam o que estava acontecendo. Por outro lado, os drishs não foram afetados.
Por sorte, a maioria das comunidades em Fonte Azul era de uma mesma linhagem, de uma mesma família. Esse foi o caso dos hakais que inclusive demoraram para perceber que estavam falando outro idioma, visto que quase todos mudaram para uma mesma língua, o Teangô. É claro que não foi tão simples assim, pois, por exemplo, todos os seus registros escritos ficaram confusos, assim como a sua comunicação com outros povos. Detalhes mais específicos foram descritos no post Hakais e QaFuga. Outro caso curioso foi justamente o de QeMua, que consistia numa comunidade formada por apenas 3 famílias e que recebeu 5 idiomas diferentes, sendo três deles dominantes. A comunidade não se separou e foi adaptando o idioma, se servindo dos três, até gerar o Sandira, idioma dos QaFuga.
O maior efeito da confusão das línguas, sem dúvida, foi a perda imediata da magia. Para entender melhor, leia o post sobre A Magia em Anthares.
Fizemos também um post bem breve mostrando a relação entre a criação do Universo narrada em Gênesis, a missão da humanidade e o Idioma Criacional, sob o título A Missão da Humanidade.
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[…] Detalhe: diferente de Fonte Azul, na Terra ninguém chama os hospedeiros das QaNai de QaFuga, pois esse é o nome específico daquele povo e não de qualquer um que entre em simbiose com elas. Os portadores de hakas também não levam o nome de “hakais” porque ninguém do lado de cá ninguém se lembra mais da Família Hakal. Mesmo que Jafé e sua esposa tivessem se importado em usar esse nome, o que não faria muito sentido, o nome teria sido perdido ou transformado na confusão das línguas. […]
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