A História do Antigo Testamento Resumida

Pense por uns momentos acerca deste notável volume que chamamos de “Bíblia”. Três principais religiões — Cristianismo, Judaísmo e Islamismo — reivindicam a Bíblia ou porções dela como um livro sagrado, e o Cristianismo a reivindica como seu único Livro Sagrado. Os cristãos creem que a Bíblia é a Palavra de Deus para todos os tempos, incluindo o nosso. É por isso que a estudamos e tentamos entendê-la melhor em cada nova geração. Para obtermos mais do que um entendimento casual da Bíblia, devemos formar um quadro claro da história que ela registra. Por questão de conveniência, estudamos a história do Antigo Testamento em quatro seções: 1) da Criação a Abraão; 2) de Abraão a Moisés; 3) de Moisés a Saul, e 4) de Saul até Cristo. “Há um tema central que permeia todas as histórias do Antigo Testamento”, diz William Hendriksen. “Esse tema é o Cristo vindouro.” Tenhamos esta afirmativa em mente à medida que examinamos cada seção do Antigo Testamento.

DA CRIAÇÃO A ABRAÃO

Deus revelou a Moisés como ele criou todas as coisas, e Moisés descreveu a Criação no Gênesis. De acordo com esse primeiro livro da Bíblia, Deus criou o mundo e tudo o que nele há em seis dias, e “viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era muito bom”. No sétimo dia ele descansou de sua obra criadora. Os eruditos cristãos discordam quanto à duração desses “dias”, achando alguns que foram longos períodos de tempo. Os cristãos também divergem quanto à data da Criação. As listas de gerações que a Bíblia apresenta podiam saltar nomes, como outras genealogias às vezes o fazem, de modo que muitos estudiosos acham que não podemos, com segurança, somar as idades das pessoas para obtermos o número de anos na história do Antigo Testamento. O número assim obtido poderia ser pequeno demais. Há outras dificuldades, também, para o cálculo das datas da criação — dificuldades complexas demais para que as analisemos aqui.

Depois que criou o homem, Deus o colocou no jardim do Éden. Aqui, Deus ordenou ao primeiro homem e à primeira mulher (Eva) que o adorassem e governassem a terra. (Essa ordem às vezes é chamada de nosso “mandado cultural”.) Deus ordenou ao homem e à mulher que não comessem do fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal. Se o fizessem, saberiam o que significava participar do mal, e a vida feliz no Éden lhes seria tirada! Poderíamos supor que Adão e Eva não tivessem dificuldade em obedecer a esse mandamento, mas alguém mais entrou no quadro: Satanás, que dirige os espíritos maus que conspiram para derrotar a Deus, transformou-se em serpente, e suas mentiras induziram Eva a comer do fruto proibido. Adão acompanhou a mulher na desobediência, e ambos pecaram contra Deus. Em vez de viverem em harmonia com Deus, incorreram no desfavor do Criador e começaram uma vida de pecado e miséria.

Deus prometeu a Adão e Eva que enviaria um Redentor (também chamado Salvador, ou Messias), que os restauraria a uma reta relação com ele mediante a destruição de Satanás (Gênesis 3:15). A Bíblia nos conta como Deus realizou este plano de salvação. Naturalmente, considerando-se que a Palavra de Deus se concentra nesse aspecto da história do mundo, não é de esperar que ela nos narre tudo quanto aconteceu nos tempos antigos. Ela registra só o que necessitamos saber a fim de compreendermos a história da redenção. Diversas coisas importantes aconteceram no período que decorre entre Adão e Abraão, “o pai de todos os que creem” (Romanos 4:11). Por exemplo, houve o primeiro homicídio. Adão e Eva tiveram muitos filhos e filhas (Gênesis 5:4), mas a Bíblia cita somente dois por serem importantes para a história da redenção. Eva pensava que seu primogênito, Caim, fosse quem destruiria a Satanás e os livraria da maldição do pecado e da morte (Gênesis 4:1). Mas Caim, movido de ciúme, matou seu irmão Abel. Deus castigou-o, expulsando-o da comunidade que servia a Deus. (Sabemos que Adão e Eva continuaram a adorar a Deus porque seus filhos ofereceram a ele holocaustos [Gênesis 4:3-5], e o Novo Testamento P refere-se a Abel como um homem de verdadeira fé [Hebreus 11:4].) Não obstante, Deus salvou Caim da Penalidade plena de seu crime; marcou-o de sorte que outras pessoas soubessem que ele não desejava que Caim fosse morto. Não sabemos ao certo qual foi a marca que Deus pôs em Caim, mas deve ter sido claramente visível aos que o encontrassem.

Então Deus deu a Adão e Eva o terceiro filho, Sete, que tomou o lugar de Abel. O Redentor do mundo viria da família de Sete. Mas, e quanto à família de Caim? A Bíblia mostra que Lameque, filho de Caim, herdou os caminhos maus do pai (Gênesis 4:19-24). Lameque vangloriava-se de não precisar da proteção de Deus, porque podia valer-se de sua espada (Gênesis 4:23-24). Rejeitou os sagrados padrões matrimoniais estabelecidos por Deus e tomou para si mais de uma esposa. Em verdade, ele atribuía valor tão baixo à vida humana, que matou um homem que o feriu. O mal espalhou-se a toda a humanidade (Gênesis 6:1-4). Diz a Bíblia que gigantes ou “homens poderosos” viviam nesse tempo, mas a sua vida espiritual certamente não correspondia à sua estatura física!

Deus enviou um grande Dilúvio para castigar a humanidade pecaminosa, e este foi o mais importante acontecimento do período antigo. Contudo, Deus preservou a vida de Noé e de sua família numa arca (um grande barco de madeira), de sorte que afinal ele pudesse cumprir a promessa de redimir a raça humana. Muitos cristãos, hoje, estão convencidos de que o Dilúvio cobriu o mundo inteiro. De acordo com 2 Pedro 3:6: “. . .pelas quais veio a perecer o mundo daquele tempo, afogado em água”. Gleason L. Archer mostra em detalhe que o tamanho da arca era suficiente para conter todas as variedades de animais que existem hoje.2 Sendo assim, com toda a certeza caberiam nela todas as variedades de vida dos dias de Noé. Notemos que Deus mandou entrar na arca sete pares de animais limpos (Gênesis 7:2), e um par de animais impuros (Gênesis 7:15).

Após o Dilúvio, Deus estabeleceu a pena de morte para o homicídio e indicou agentes humanos como executores (Gênesis 9:1-7). Também pôs no firmamento o arco-íris como lembrete ao seu povo de que nunca mais ele destruiria a humanidade pela água (Gênesis 9:11-17). Não obstante, logo depois do Dilúvio, Canaã, filho de Noé, desrespeitou o pai, pecando contra Deus, e este o amaldiçoou (Gênesis 9:20-29). Então Deus, por intermédio de Noé, descreveu o curso da história subsequente. Disse que um descendente de Sem traria salvação ao mundo, e que os descendentes de Jafé participariam dessa salvação. A família de Jafé mudou-se para o norte e se constituiu nos progenitores dos gentios dos tempos do Novo Testamento (Gênesis 10:2).

Mais um fato aconteceu antes de Abraão entrar em cena. Orgulhosos moradores de cidade tentaram chegar ao céu mediante a construção de uma torre em Babel (Gênesis 11). Deus condenou seus modos arrogantes dividindo-os em diferentes grupos de línguas, espalhando-os depois para regiões diferentes (Gênesis 11:1-7; cf. 9:1). Foi assim, parece, que se iniciaram as grandes famílias de línguas do mundo. Que é que tudo isto significa para nós? Mostra, com clareza, que o mal continuou a aumentar desde os tempos do Dilúvio até Abraão. Sabemos que, durante esse período, as pessoas adoravam muitos deuses (Josué 24:2; cf. Gênesis 31:19, 30-32), e a imoralidade campeava. Por isso Deus, que tencionava salvar a humanidade, decidiu começar de novo em uma família, por meio da qual “serão benditas todas as famílias da terra”.

DE ABRAÃO A MOISÉS

Para trazer salvação ao restante da humanidade, Deus escolheu a família de Abraão, que morava em Ur, capital do antigo reino da Suméria. Um dia, por volta de 2000 a.C., Deus chamou a Abraão para deixar a casa de seu pai e ir para uma nova terra. A Bíblia acompanha os passos de Abraão desde Ur até Harã (norte da Palestina), através da Palestina, ao Egito, e de volta à Palestina. Deus prometeu dar um filho a Abraão e fazer de sua descendência uma grande nação. Deus prometeu, também, fazer da família de Abraão uma bênção para todas as nações (Gênesis 12:2-3: 17:1-6). No princípio, Abraão creu no que Deus lhe disse; mais tarde, porém, duvidou de que Deus fizesse como havia prometido, e tentou forçar a mão de Deus. Desse modo, quando Deus não lhe deu um filho tão cedo quanto ele esperava, Abraão tomou a serva de sua mulher, a jovem Hagar, e teve com ela um filho. Muito embora o mundo antigo aceitasse este meio de assegurar um herdeiro, era uma violação da lei de Deus para o casamento (Gênesis 2:24), e Abraão sofreu amargamente as consequências de seu pecado. Ismael, seu primogênito, voltou-se contra Isaque, o filho da promessa que nasceu treze anos depois, e como consequência teve de deixar a casa de Abraão.

Abraão aprendeu a confiar mais plenamente em Deus à medida que os anos passavam. Por fim, Deus ordenou-lhe que oferecesse Isaque em holocausto como prova de seu amor (Gênesis 22). Abraão, certo de que Deus esperava obediência de sua parte, confiantemente deitou o filho sobre o altar para imolá-lo (cf. Hebreus 11:17-19). No último minuto, Deus ordenou-lhe que não matasse a Isaque e deu-lhe um carneiro para o sacrifício. Doutra feita, Abraão pediu a Deus que poupasse as cidades pecaminosas onde morava seu sobrinho Ló. Este falhara em redimir sua comunidade (cf. 2 Pedro 2:8). Deus não pôde encontrar nem mesmo dez justos ali, e destruiu as cidades conforme havia planejado. O Senhor continuava preparando Abraão e sua família para obedecer a ele. A seguir a Bíblia nos chama a atenção para a vida de Jacó, segundo filho de Isaque, o qual viveu por volta do ano 1850 a.C. Deus escolheu a Jacó para herdar as promessas que ele havia feito a Abraão e a Isaque, e nomeou a família dele como aquela que traria ao mundo o Redentor. Mas que escolha pouco prometedora! Jacó cresceu como um enganador que buscava seus próprios interesses. Ele iludiu seu irmão e mentiu ao pai a fim de furtar o direito de primogenitura de Esaú. Como resultado, teve de fugir para a casa de seu tio Labão a fim de escapar à ira do irmão. Deus confrontou-o quando ele fugia; não obstante, Jacó defendeu sua posição.

Assim, Deus começou um longo e lento trabalho de ensinar a Jacó como confiar nele. O Senhor deu a Jacó uma boa esposa e grandes posses. Seu tio usou de um ardil e o fez casar-se com Lia, uma moça que não era do agrado de Jacó, mas ele insistiu em casar-se com Raquel também. Jacó enriqueceu-se, mas sua ganância criou problemas de família e ele teve de deixar a terra de Labão. De volta ao lar paterno na Palestina, verificou que Deus lhe havia preparado o caminho, e que seu irmão já não estava irado com ele. Mas os problemas de Jacó não haviam terminado. Anos mais tarde, José, seu filho mais jovem, sonhou que algum dia seus irmãos se curvariam diante dele, juntamente com seus pais. Os dez irmãos, ressentidos com o sonho e enciumados com a óbvia preferência de Jacó por José, prepararam-lhe uma armadilha e o venderam como escravo. Depois disseram ao pai que ele estava morto. Os mercadores de escravos levaram José para o Egito, onde ele veio a ser um dos servos de Faraó. Deus usou José para interpretar os sonhos do rei, e o jovem chegou ao segundo posto de comando, logo abaixo de Faraó. Então uma fome na Palestina levou a família de José ao Egito em busca de alimento. Seus irmãos mais velhos vieram primeiro. Quando se inclinaram diante de José, de imediato ele os reconheceu; porém não lhes disse quem era. Finalmente, José obrigou-os a trazer consigo ao Egito seu irmão mais novo, Benjamim, e então revelou sua verdadeira identidade e lhes perdoou por haverem-no vendido à escravidão. José convidou-os a trazer toda a família. Faraó recebeu-os carinhosamente e lhes permitiu estabelecer-se numa região rica do Egito.

DE MOISÉS A SAUL

Agora a Bíblia passa a focalizar a figura de Moisés (cerca de 1526-1406 a.C), que ocupa um lugar vital na história da redenção. Os descendentes de Jacó tinham tantos filhos que os faraós temiam que viessem a dominar o país. Assim, um novo faraó os submeteu à escravidão e ordenou que todos os meninos recém-nascidos fossem mortos. A mãe de Moisés colocou-o num cestinho que foi posto para flutuar no rio, próximo do local onde a filha de faraó ia banhar-se. Havendo a princesa encontrado o nenê, levou-o para o palácio a fim de criá-lo como filho adotivo. A mãe de Moisés veio a ser sua ama-de-leite e provavelmente ela tenha cuidado dele um bom tempo depois de desmamado (Êxodo 2:7-10).

Quando jovem, Moisés começou a sentir-se pesaroso pela situação do seu povo, e desejava livrá-los da escravidão (Êxodo 2:11; Atos 7:24-25). Com aproximadamente 40 anos, Moisés, encolerizado, matou um egípcio que espancava um israelita. Com medo de que faraó mandasse executá-lo, fugiu para o Deserto de Midiã (Êxodo 2:14-15), onde se casou com uma mulher da família de Jetro (também chamado “Reuel”), sacerdote pagão. Moisés concordou em pastorear o rebanho de Jetro (Êxodo 2:16-21).

Fabricação de tijolos. Murais do túmulo de Rekhmire, vizir do faraó Tutmés III, mostram como eram feitos os tijolos no Egito na época do Êxodo (1446 a.C). No alto, à esquerda, vemos dois homens tirando água de um tanque para fazer o barro. Ao lado deles, dois outros trabalham a argila. Escravos prensam o barro em moldes de madeira para fazer os tijolos, os quais são expostos ao sol para secar. Observe-se que o escravo ajoelhado no meio do quadro superior tem pele mais clara que os demais; isto indica que ele era de origem semítica, talvez hebreu. O quadro inferior mostra como os tijolos eram assentados com argamassa.

Moisés

A figura mais decisiva da história do Antigo Testamento foi Moisés, que livrou o povo de Israel do cativeiro. Alguns comentaristas creem que seu nome é uma combinação das palavras egípcias “água” (mo) e “tirar” (shi). Pode ser, pois, um lembrete de como a filha de faraó tirou o menino Moisés do cesto que flutuava no Nilo (Êxodo 2). Moisés tinha um irmão mais velho por nome Arão e uma irmã chamada Miriã. Ele nasceu logo depois que faraó ordenou a seus soldados que matassem todos os meninos israelitas recém-nascidos como forma de controlar a população dos escravos. A mãe de Moisés fez um cesto de junco, colocou nele o menino, e deixou-o a flutuar no rio Nilo sob os olhos vigilantes da irmã. Quando a filha de faraó encontrou o menino, adotou-o na família real. Quando jovem, Moisés, num acesso de fúria, matou um capataz de escravos egípcio (Êxodo 2:llss.). Fugiu para a terra inóspita de Midiã, onde se casou com Zípora, filha dum sacerdote. O casal teve dois filhos — Gerson e Eliezer (Êxodo 222; 18:4). Depois de haver Moisés vivido em Midiã cerca de quarenta anos, o Senhor apareceu-lhe numa sarça ardente ao lado do monte Sinai ou Horebe (Êxodo 3), e deu-lhe instruções para tirar seu povo do Egito e conduzi-lo à Terra Prometida de Canaã. Moisés alegou que não poderia convencer o rei a permitir que os israelitas saíssem, de modo que o Senhor o deixou levar consigo a Arão como seu porta-voz.

Moisés voltou ao Egito levando a mensagem: “Deixa ir o meu povo.” Uma vez que o rei exigiu um sinal de poder divino para confirmar a mensagem de Moisés, este foi lançado contra os magos da corte de faraó. (Segundo a tradição judaica, os nomes dos magos eram Janes e Jambres.) Conquanto o rei visse Moisés e Arão realizarem milagres mais espetaculares do que os de seus próprios magos, ele se recusou a permitir que o povo saísse. Então Deus enviou uma série de dez pragas que culminaram com a morte de todos os primogênitos do Egito — incluindo o próprio filho de faraó — a fim de convencer o monarca, que finalmente resolveu honrar a solicitação de Moisés. Mesmo assim, o rei mudou de ideia enquanto os israelitas deixavam o país e tentou detê-los nas praias do mar Vermelho, mas Deus dividiu as águas de sorte que os israelitas escaparam. Moisés conduziu o povo ao monte Sinai, onde ele se encontrou com Deus e recebeu um sistema de leis para governá-los na Terra Prometida. Deus resumiu essa lei nos Dez Mandamentos, que ele gravou em tábuas de pedra e deu a Moisés. De volta ao acampamento israelita, Moisés verificou que o povo havia voltado à adoração pagã, e, cheio de ira, arremessou as tábuas ao chão, simbolizando que o povo havia quebrado a aliança. Depois que o povo se arrependeu do pecado, Moisés voltou ao monte e recebeu de novo os Dez Mandamentos. Durante quarenta anos os israelitas peregrinaram no deserto entre Sinai e Canaã, e nesse tempo Moisés e Arão foram seus governantes civis e religiosos. Deus impediu Moisés de entrar na Terra Prometida por haver-lhe desobedecido em Meribá, onde ele feriu uma pedra com sua vara para obter água. Não obstante, Deus conduziu Moisés ao topo do monte Nebo, de onde ele viu a Terra Prometida e depois morreu. Nos seus 120 anos de vida, Moisés conduziu o povo da escravidão para a liberdade, registrou sua história passada escrevendo o que são hoje os cinco primeiros livros do Antigo Testamento, e recebeu a Lei que os governaria por séculos vindouros.

Decorridos mais ou menos 40 anos, Deus falou a Moisés do meio de um arbusto que ardia mas não se consumia. Ordenou-lhe que voltasse ao Egito e conduzisse os israelitas à Palestina, a terra que ele havia prometido a Abraão. Moisés não se julgava em condições de realizar esta tarefa, e apresentou escusas para não ir. Mas Deus contestou a todas elas, e lhe deu o poder de operar milagres que induziria os israelitas a segui-lo. Deus revelou seu nome santo YHWH (às vezes traduzido por “Jeová”) a Moisés. Moisés tentou tirar o corpo fora, alegando: “sou pesado de boca e pesado de língua.” Talvez ele tivesse alguma dificuldade para falar. Então Deus permitiu que Arão o acompanhasse e traduzisse o que ele tinha para dizer (Êxodo 7:1). Moisés e Arão persuadiram o povo de Israel a segui-los, mas faraó recusou-se a deixá-los ir. Então Deus enviou sobre o Egito dez pragas devastadoras a fim de mudar o coração de faraó (Êxodo 7:17-12:36). A última matou o primogênito de todo lar cujas portas não estavam marcadas com sangue. Visto que o povo de Israel obedeceu às instruções de Deus, o anjo da morte não feriu os seus primogênitos. (Deus mandou que os israelitas celebrassem este acontecimento com uma festa anual denominada “Páscoa”.) A praga da morte fez o rei ceder e permitir que os israelitas retornassem à sua terra natal. Mas tão logo eles saíram, o rei mudou de ideia e mandou seu exército para trazê-los de volta. Deus conduziu seu povo ao mar Vermelho, onde partiu as águas e eles puderam atravessar a pé enxuto. Alguns estudiosos, como Leon Wood, calculam que isso aconteceu por volta de 1446 a.C.3 Moisés conduziu o povo ao Monte Sinai. No caminho, Deus lhes deu, de maneira miraculosa, pão e codornizes como alimento. No monte Sinai Deus revelou, por intermédio de Moisés, as leis e os planos sociais que transformariam os israelitas numa nação santa. Essas leis e esses planos incluíam os Dez Mandamentos.

Do Sinai, Deus conduziu os israelitas a Cades, donde enviaram espias à Palestina. Os espias relataram que a terra era rica e fértil, porém cheia de gigantes. Em sua maioria, esses espias acreditavam que os gigantes os destruiriam se tentassem tomar-lhes a terra. Somente dois — Calebe e Josué — acharam que valia a pena lutar. Os israelitas aceitaram o conselho cético da maioria e afastaram-se da Palestina. Deus condenou-os a peregrinar no deserto por quarenta anos por não confiarem nele. Ao fim da peregrinação, acamparam-se nas planícies de Moabe. Aqui Moisés falou-lhes pela última vez, e suas palavras foram registadas no livro de Deuteronômio. Moisés transferiu a liderança para Josué e ordenou a este que o substituísse. Depois anunciou ao povo que Deus entregaria a Palestina nas mãos de Josué, deu suas instruções finais e terminou com um hino de louvor a Deus. Note-se que Moisés não pôde entrar na Terra Prometida porque se rebelara contra Deus em Meribá (Números 20:12). Mas depois de Moisés haver apresentado suas despedidas, Deus levou-o ao topo do monte Nebo para ver a terra na qual entrariam. Ali ele morreu. Após a morte de Moisés Deus falou a Josué, estimulando-o a permanecer fiel ao seu chamado. O sucessor de Moisés revelou-se líder capaz do exército de Israel na batalha contra Ameleque (Êxodo 17:8- 16). Agora Deus usava a Josué para conduzir o povo de Israel na conquista de Canaã. Ele fora um dos espias que haviam olhado a Terra Prometida pela primeira vez. Ele e Calebe, por confiarem que Deus lhes daria a terra, foram os únicos adultos de sua geração a quem Deus permitiu entrar nela. Todos os demais morreram no deserto.

eram no deserto. Imediatamente, Josué guiou Israel à Terra Prometida. Deus recompensou-lhe a fé ajudando Israel a apossar-se da terra. Primeiro, Deus partiu as águas do rio Jordão, transbordante naquela época, de modo que pudessem cruzá-lo a pé enxuto (Josué 3:14-17). A seguir o anjo do Senhor guiou os israelitas em sua miraculosa vitória em Jericó, a primeira cidade conquistada na Terra Prometida. Ao tocar o povo as trombetas conforme Deus havia ordenado, os muros da cidade caíram (Josué 6). Sob a liderança de Josué, Israel passou a conquistar o país inteiro. Somente em Ai, em virtude da desobediência de um de seus homens, Israel conheceu a derrota (Josué 7), mas uma vez aprendida a lição, os israelitas fizeram a tentativa, e desta vez venceram. No todo, conquistaram 31 reis no novo território. Josué dividiu a terra entre as tribos israelitas segundo as instruções de Deus, e pouco antes de morrer insistiu com o povo a continuar confiando em Deus e obedecendo-lhe às ordens. Porém, não foi isso o que fizeram. Após a morte de Josué, “cada um fazia o que achava mais reto” (Juízes 21:25). Os grandes líderes desse período atuaram à semelhança de Moisés e de Josué; eram heróis militares e juízes que presidiam os tribunais de Israel, daí a denominação que lhes damos de “juízes”. Os mais dignos de nota foram: Otniel, Débora (a única mulher juíza), Gideão, Jefté, Sansão, Eli, e Samuel (Rute também viveu nesse período).

À medida que você ler as histórias desses heróis antigos, gaste algum tempo extra, examinando a vida de Samuel. Ele foi uma das mais importantes figuras dessa época. A mãe de Samuel havia orado pedindo um filho, de modo que ela louvou a Deus por vê-lo nascer (1 Samuel 2:1-10). Os pais de Samuel deram-no ao sumo sacerdote Eli a fim de ser preparado para servir ao Senhor. Dessa maneira, desde criança Samuel ajudava Eli a cuidar da Tenda da Congregação. Aqui ele ouviu o chamado de Deus para tornar-se o novo dirigente de Israel, como profeta e juiz. Antes de Samuel, os israelitas davam aos profetas o nome de “videntes” (1 Samuel 9:9; cf. Deuteronômio 13:1-15; 18:15-22). Samuel, porém, à semelhança de outros profetas posteriores, não era apenas um previsor do futuro. Ele dava ao povo as mensagens de Deus acerca da vida que levavam, frequentemente censurando a nação por seus maus caminhos. Ele permanece como o primeiro dos grandes profetas de Israel e o último dos juízes. Sob a orientação de Deus, ele ungiu a Saul o primeiro rei humano sobre Israel (1 Samuel 8:19-22; cf. Deuteronômio 4:14-20), embora mais tarde lamentasse por isso.

A partir daí, veio o período da monarquia de Israel.

O REINO UNIDO

Em seus primeiros anos, Saul apareceu como um homem revestido de humildade e autodomínio. Contudo, com o correr dos anos seu caráter mudou. Tornou-se obstinado, desobediente a Deus, ciumento, odiento e supersticioso. Sua raiva voltou-se contra Davi, o jovem guerreiro que matou o gigante Golias e que servia como músico da corte. Muitas vezes Saul tentou assassinar a Davi, enciumado pela popularidade deste (1 Samuel 18:5-9; 19:8-10). Deus, porém, secretamente havia escolhido a Davi para ser o próximo rei, e prometeu o reino à família de Davi para sempre (1 Samuel 16:1-13; 2 Samuel 7:12-16). Não obstante, Saul continuou como rei por muitos anos. Após a morte de Saul, o rei Davi trouxe a arca da aliança para Jerusalém (cf. Deuteronômio 12:1- 14; 2 Samuel 6:1-11). Tratava-se de uma caixa de madeira contendo as tábuas de pedra nas quais Deus escrevera para Moisés os Dez Mandamentos. Os israelitas a haviam transportado consigo durante os anos de peregrinação no deserto, e prezavam-na como um objeto sagrado. Abrigando a arca, a capital do reino de Davi se tornaria o centro espiritual da nação, bem como o seu centro político.

Arca da Aliança. Este baixo-relevo da sinagoga de Cafarnaum mostra a arca da aliança. Ela era guardada no Santo dos santos do templo em Jerusalém. Desapareceu quando as tropas de Nabucodonosor arrasaram a cidade em 586 a.C.

Davi reunia as qualidades que o povo buscava — habilidade militar, sagacidade política e agudo senso de dever religioso. Havia tornado Israel a nação mais forte e mais segura do que nunca antes. Mas Davi era um ser humano, com fraquezas como toda gente. Ele entretinha a ideia de iniciar um harém, à semelhança dos outros reis, e planejou o assassínio de um oficial de seu exército com o fito de casar-se com a esposa dele, a qual havia seduzido. Fez um recenseamento dos homens de Israel porque já confiava mais na força do seu exército do que em Deus. Por esses pecados Deus castigou a Davi e com ele Israel. Davi, por ser o chefe da nação, ao pecar contra Deus todo o povo sofria o castigo. Salomão, filho de Davi, foi o próximo rei de Israel. A despeito da lendária sabedoria de Salomão, ele nem sempre viveu sabiamente. Ele executou o plano político de Davi, fortalecendo seu poderio sobre os territórios conquistados pelo pai. Ele era um arguto homem de negócios, e fez alguns acordos comerciais que proporcionaram grande riqueza a Israel (1 Reis 10:14-15). Deus também usou a Salomão para construir o grande templo em Jerusalém (cf. Deuteronômio 12:1-14). Mas o pródigo estilo de vida de Salomão aumentou o peso dos impostos sobre o povo em geral. Salomão herdou do pai a atração por mulheres, e concluiu transações comerciais com reis estrangeiros que envolviam “casamentos políticos”, e desse modo formou um harém de esposas oriundas de muitas terras (1 Reis 11:1-8). Essas esposas pagãs induziram-no a adorar deuses pagãos, e não demorou para que ele estabelecesse seus ritos e cerimônias em Jerusalém.

O REINO DIVIDIDO

Depois de Salomão, a prosperidade de Israel entrou em declínio. A nação rebelou-se contra Deus e suas leis. Deus podia ter destruído a Israel, mas não o fez porque ainda planejava servir-se da casa de Davi para trazer o Redentor que salvaria o mundo do pecado. Ele havia prometido levantar este Redentor na família de Abraão, e ten-Qonava cumprir a promessa. Com a morte de Salomão, Israel mergulhou numa sangrenta guerra Qvil em que os filhos e generais de Salomão brigavam pelo trono. Koboão tinha a bênção paterna para ser o novo rei, mas Jeroboão, seu rival, exercia maior influência entre os chefes militares da terra. No fim, Roboão tomou a metade Sul do país e lhe deu o nome de Judá. Jeroboão estabeleceu seu próprio governo na metade Norte e conservou o nome de Israel. Cada um reivindicava ser o escolhido de Deus. Veja os dois mapas que cobrem este período, e notará os principais líderes de Israel e de Judá, incluindo os principais profetas. O primeiro mapa (Figura 1) mostra quem governou Israel e Judá em cada geração. O outro mapa (Figura 2), mostra o que mais estava acontecendo no período da divisão do reino. Nenhum dos reis de Israel serviu a Deus, e Judá não foi muito melhor. Somente os reis Asa, Josafá, Joás (Jeoás), Amazias, Azarias, Jotão, Ezequias e Josias foram fiéis à Palavra de Deus. Finalmente, Deus permitiu que os impérios pagãos da Assíria e da Babilônia destruíssem a ambos os reinos e levassem os seus povos para o exílio.

Dois importantes dirigentes surgiram no tempo da divisão do reino. O primeiro foi o profeta Elias, que se destaca como um personagem singularmente austero na história bíblica. Não sabemos de onde ele veio; simplesmente apareceu perante o malvado Acabe e declarou que Deus traria uma longa seca por causa da perversidade do povo. Elias fugiu para o deserto e se deteve junto ao ribeiro de Querite, onde Deus miraculosamente proveu-lhe alimento. Havendo o ribeiro secado, Deus o enviou para socorrer a viúva de Sarepta, que sofria as consequências da seca. Ela estava quase sem alimento quando o profeta chegou à sua porta, mas de qualquer modo ela lhe deu o que comer. Levando esse fato em consideração, o homem de Deus resolveu permanecer na casa e os milagres se sucederam: os suprimentos da viúva nunca se esgotaram enquanto o profeta esteve ali, e havendo morrido o filho dela, Elias o ressuscitou.

Então Elias voltou à presença do rei Acabe e lhe disse que convocasse todos os profetas do deus pagão Baal, a quem Jezabel, esposa de Acabe, adorava, para encontrar-se com ele no monte Carmelo. Aqui desafiou os profetas para uma competição: provar qual deus era mais forte. Elias pediu a Deus que enviasse fogo do céu para acender o fogo de um sacrifício sobre uma pilha de lenha molhada. Deus atendeu ao pedido, e Elias matou os falsos profetas (cf. Deuteronômio 13:5). A seguir o profeta pediu a Deus que suspendesse a seca, e Deus enviou uma grande chuva. Elias sentiu-se tão feliz que saiu em disparada para os portões de Jezreel, correndo mais do que o rei e seus carros. As ameaças de Jezabel deixaram Elias tão desanimado e amedrontado que ele pediu a Deus que o deixasse morrer. Deus, porém, ao invés de atendê-lo, enviou anjos para servi-lo e ordenou-lhe que recrutasse dois futuros reis e seu próprio sucessor. Elias obedeceu, indicando um lavrador por nome Eliseu para ser o novo profeta.

O REINO DIVIDIDO

Elias defrontou-se de novo com Acabe, condenando-o e a Jezabel por assassinarem seu vizinho Nabote a fim de lhe tomarem a vinha. O rei enviou duas companhias de soldados para capturar o profeta, mas Elias invocou fogo do céu a fim de destruí-los. Uma vez mais ele declarou o destino do rei. Logo depois disso, Elias e Eliseu saíram para um passeio, analisando os problemas que a nação enfrentava. Chegados ao Jordão, Elias dividiu as águas ferindo-as com o seu manto. Atravessaram com toda a calma, como se fora um prática cotidiana! Enquanto conversavam à margem do rio, um carro de fogo desceu do céu e arrebatou a Elias num redemoinho, e seu manto caiu sobre Eliseu. A segunda grande personalidade do reino dividido foi Eliseu. De muitas maneiras ele foi como seu mestre. Ambos dividiram as águas do Jordão, trouxeram chuva em tempos de seca, aumentaram o estoque de alimento de uma viúva, ressuscitaram um menino, operaram milagres para os gentios, pronunciaram sentenças sobre reis, e destruíram seus inimigos com poder sobrenatural. Mas também havia diferenças entre eles. Pouco antes de Elias ser levado para o céu, orou Pedindo a Deus que desse a Eliseu uma porção dobrada do seu espírito. Sem dúvida, isso tinha algo que ver com as diferenças entre os dois homens. Enquanto Elias passou por momentos de depressão, Eliseu revelou uma atitude de triunfo e de confiança. Nunca parecia queixar-se nem perder a coragem. As Escrituras mostram que ele operou mais milagres do que qualquer outro profeta do Antigo Testamento (p. ex., 2 Reis 4:38-5:19).

Isaías, Jeremias, Amos, Oséias, Miquéias, Ezequiel e outros profetas advertiram a Israel e a Judá de que Deus lhes castigaria a maldade. Isaías e Ezequiel também tiveram palavras de consolação para o povo depois que foram para o exílio. Deus serviu-se desses homens como seus porta-vozes sagrados nessa época decisiva da história de seu povo.

DO EXÍLIO AO RETORNO

Mais de uma vez o povo judeu foi levado para o exílio. Assim, quando nos referimos ao exílio devemos tomar o cuidado de definir qual deles. Por duas vezes os assírios conquistaram o reino do Norte (Israel); o reino do Sul (Judá) foi conquistado uma vez pela Assíria e três vezes pelos babilônios. Cada vez, os conquistadores levaram muitos cativos. Na maioria das vezes em que falamos sobre o exílio, referimo-nos ao cativeiro de Judá na Babilônia, que durou setenta anos. Religiosamente falando, o cativeiro babilônico teve três fases sucessivas: uma de esperança irrealística (cf. Jeremias 29; Ezequiel 17:11-24); uma de esperança mais verdadeira e mais humilde, quando Deus usou Ezequiel para consolar o povo (Ezequiel 36-38); e uma de esperança revivida no tempo de Daniel. Os judeus regressaram do exílio em duas ocasiões: um grupo, dirigido por Sesbazar e Zorobabel (Es-dras 1:8-2:70); o outro, conduzido por Esdras e Neemias (Esdras 8:1-14). Conforme Isaías havia predito (Isaías 44:28; 45:1), Deus suscitou um rei pagão de coração bondoso — Ciro da Pérsia — que permitiu aos judeus o regresso à Palestina. O povo que havia tomado seu lugar tentou arruinar-lhes os planos; mas os judeus reconstruíram o templo em Jerusalém e voltaram a estabelecer-se em sua terra. Os profetas Zacarias e Ageu incentivaram o povo em sua obra. Mas para o fim desse período, Malaquias os condenou por voltarem às suas práticas pecaminosas.

HISTÓRIA INTERTESTAMENTÁRIA

Nem sempre é claro o que aconteceu nos 400 anos decorridos entre o registro de Malaquias e o tempo em que Jesus nasceu. Denominamos esse interregno de “Período Intertestamentário” porque é o espaço de tempo entre a escritura do Antigo e a do Novo Testamentos. Sabemos que a nação restaurada de Israel passou por sérios transtornos políticos durante esse tempo. Depois que Alexandre Magno conquistou o Império Persa, príncipes e generais gregos lutaram pelo direito de governar o Oriente Próximo. O rei selêucida Antíoco III tomou a Palestina das mãos do Egito em 198 a.C. e tentou fazer dela uma base para um novo império no Oriente. Mas Antíoco III não era rival para as legiões romanas, e estas derrotaram seu exército em 190 a.C. e fizeram dele um governante títere na cadeia romana de comando. A família dos macabeus (descendentes do sumo sacerdote Matatias) começou uma guerra civil contra os governadores selêucidas e capturaram Jerusalém no ano 164 a.C, mas não puderam expulsar completamente os selêucidas de seus negócios até 134 a.C. Nesse ano, João Hircano I, da família dos macabeus, estabeleceu sua própria dinastia, a dos asmoneus, a qual governou até ao ano 37 a.C, quando Roma estabeleceu a família herodiana como o novo governo títere da Palestina. Os livros intitulados 1 e 2 dos Macabeus descrevem a revolta macabeia e o caos da Palestina até ao tempo dos asmoneus. Os católicos romanos incluem esses livros e outros escritos do período intertestamentário em sua Bíblia, o que não fazem os protestantes. A história do Antigo Testamento pinta um quadro colorido dos tratos de Deus com o homem, porém não nos apresenta a história completa do plano de Deus para redimir os homens do pecado. O Novo Testamento leva-nos ao clímax da obra redentora de Deus, porque nos apresenta o Messias, Jesus Cristo, e o começo da sua igreja.

Leia também:

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