Era uma vez, em uma floresta muito distante, um pequeno pássaro chamado Perdigoto. Perdigoto não era um pássaro comum. Ele nasceu com uma asa muito pequena que nunca cresceu direito, o que o impedia de voar muito longe ou muito alto. Os outros pássaros sempre zombavam de Perdigoto por sua asa defeituosa.
Um dia, o céu escureceu e uma grande tempestade se aproximou da floresta. Os pássaros rapidamente voaram para longe em busca de abrigo. Perdigoto ficou para trás, incapaz de voar na frente da tempestade. Logo, os ventos começaram a soprar e as árvores a se dobrar. Perdigoto estava apavorado e não sabia para onde ir.
De repente, Perdigoto ouviu uma voz chamá-lo: “Perdigoto! Entre na minha casa, está seguro lá dentro!” Era a voz da velha coruja sábia que vivia no alto da árvore mais antiga da floresta. Perdigoto voou o mais rápido que pôde e entrou na casa da coruja, onde estava quente e aconchegante. “Muito obrigado por me deixar entrar”, disse Perdigoto. A coruja respondeu: “Você é tão bem-vindo aqui quanto qualquer pássaro. Embora você não possa voar tão bem, você tem outras qualidades”.
Perdigoto ficou surpreso. Ninguém jamais havia dito algo tão gentil a ele. A coruja continuou: “Perdigoto, nunca se sinta limitado por sua asa defeituosa. Você é inteligente, gentil e tem um grande coração. Use essas qualidades e você descobrirá que pode voar tão alto quanto qualquer pássaro”.
Perdigoto nunca esqueceu as palavras sábias da coruja. Ele deixou de se importar com a zombaria dos outros pássaros e focou em usar suas melhores qualidades. E embora ele nunca tenha voado muito alto, Perdigoto viveu muito feliz na floresta, fazendo muitos amigos e ajudando todos os outros pássaros que precisavam. A lição que Perdigoto aprendeu é que não importa quão grandes são nossas limitações físicas, nosso espírito pode voar livremente.