Idunna (Idun) – deuses nórdicos

“A Guardiã das Maçãs Encantadas”

Filha da deusa Frigga, Idunna simbolizava o frescor dos ventos e das flores da primavera. É a deusa da vegetação e da eterna renovação, guardiã das maças douradas que mantem o vigor e a juventude das divindades. Id significava “muito”; unna, “amar”, Idunna é representada como uma jovem donzela, gentil e suave, porém ingênua, facilmente ludibriada pelos gigantes que a raptaram, auxiliados por Loki, para se apoderar das maçãs. Idunna é responsável pela imortalidade dos deuses: sem suas maçãs, eles envelhecem e podem morrer. Junto com o marido Bragi, deus da poesia, Idunna vive no palácio Brunnaker, de onde sai com sua cesta de maçãs mágicas para distribuí-las diariamente aos deuses. Em um de seus mitos, ela aparece sentada na Árvore do Mundo quando, de repente, adoece e cai no reino de Hel. Incapaz de voltar, ela recebe os cuidados do marido, que a cobre com uma pele de lobo e fica ao seu lado durante meses, até seu restabelecimento. Em outro mito, descreve-se seu nascimento natural caindo de Yggdrasil, para onde volta no Ragnarök. Esse mito é uma metáfora da morte da vegetação nos meses de inverno e seu renascimento na primavera. Por esse motivo, os mortos eram enterrados cercados de maçãs (ou ovos tingidos de vermelho), na esperança de seu renascimento. Idunna se assemelha a Hebe, a deusa grega que serve ambrosia ou hidromel (o elixir da imortalidade) às divindades do Olimpo. O tema “maçã” é uma constante na mitologia celta, um símbolo de renascimento: Avalon (ou Avalach) significava “A ilha das maçãs” e é para lá que as almas vão para repousar e se curar, à espera de uma nova encarnação. No Ragnarök, Idunna mergulha na terra, desaparece nas raízes da Árvore do Mundo (Yggdrasil) e reaparece na “Idade do Ouro” para alimentar as novas divindades com as maçãs da imortalidade.

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