Por Lucas Rosalem
Nesta série de resenhas sobre os cantos da Ilíada, ainda que os posts pareçam longos, eles não são sequer comparáveis, em volume [e glória!] aos cantos originais. Não pense que, com estes resumos, você leu a Ilíada. Leia! (e assista aos nossos vídeos também XD) Links dos outros posts e dos vídeos lá embaixo.
No Canto 12 da Ilíada, a narrativa abre com Menécio, amigo de Pátroclo, sendo socorrido enquanto a batalha entre os troianos e os aqueus se desenrola com ferocidade. O rapsodo lembra aos ouvintes que tanto a construção da muralha quanto da vala foram realizadas contra a vontade dos deuses, um ato de desafio que culminou em retribuição divina mais tarde na história. Um salto temporal nos leva ao fim da guerra, quando os deuses Poseidon e Apolo, descontentes com essas construções, finalmente destruíram a muralha dos aqueus.
A descrição do colapso da muralha é marcada pela poderosa intervenção da natureza, com rios se juntando e batendo contra a estrutura e Zeus fazendo chover incessantemente para acelerar o processo de destruição. A cena é pintada de maneira vívida, destacando como os elementos naturais se opõem às construções humanas, mesmo que os observadores comuns tendam a atribuir tais eventos à intervenção divina.
Retornando ao presente da narrativa, os aqueus se encontram encurralados junto às suas embarcações, enquanto Heitor emerge como seu principal adversário. No entanto, os troianos enfrentam dificuldades para avançar devido à vala cavada pelos aqueus, reforçada com estacas e outras armadilhas, além do medo instilado nos cavalos troianos.
Polidamante, um personagem emergente, sugere uma estratégia alternativa, convencendo Heitor e seus homens a avançarem a pé pela vala. Os troianos se dividem em grupos, e um comandante lidera a investida dos carros troianos em uma entrada na muralha destinada à fuga dos aqueus.
A expectativa dos troianos era de que os aqueus continuassem fugindo, mas eles surpreendem, voltando para lançar pedras sobre os invasores, causando ferimentos significativos. Enquanto isso, Heitor persiste em sua missão de incendiar as naus, mesmo enfrentando obstáculos.
A narrativa é interrompida pela aparição de uma águia carregando uma serpente vermelha, uma imagem interpretada pelos troianos como um presságio de sua própria incapacidade de derrotar os aqueus. No entanto, Heitor rejeita essa interpretação e continua seu avanço, recebendo apoio de Zeus.
O discurso breve, porém inspirador, de Ajax revigora os aqueus, mas o equilíbrio da batalha é logo desfeito quando Zeus incita seu filho Sarpédon e Glauco a atacarem uma seção da muralha. Ajax e Teucro são chamados para ajudar e correm para o local da investida.
Durante o confronto, Teucro fere Glauco com uma flecha, forçando-o a se retirar, enquanto Sarpédon consegue abrir uma brecha na muralha, permitindo que os troianos avancem. Ajax e Teucro enfrentam Sarpédon, quase o matando, até a intervenção de Zeus, que equilibra a situação para garantir que Heitor receba as glórias do avanço.
Heitor, então, irrompe pelas muralhas, incentivando os troianos com suas palavras e sua coragem. Com um feito de força impressionante, ergue uma pedra enorme e a arremessa contra os portões, abrindo caminho para que os troianos invadam as defesas dos aqueus. A batalha chega ao seu clímax, com os aqueus fugindo desesperadamente para suas naus, enquanto os troianos celebram sua vitória temporária.
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