(Hulder, Skogsrá, Skogssuva, Talh): No folclore sueco, existem muitas histórias que descrevem criaturas mitológicas associadas à Mãe Terra, que se apresentam como guardiãs e espíritos da floresta, mulheres selvagens que seduzem os homens ou que são consideradas responsáveis pelos acontecimentos bons ou ruins das comunidades. Muitos escritores e artistas foram por elas inspirados e acrescentaram detalhes de sua imaginação às lendas antigas. Porém, a origem delas é muito antiga, sendo conhecidas desde a época em que o Norte da Europa passou milênios coberto pelo gelo ou quando a força criadora e destruidora da Natureza foi reverenciada na figura da Grande Mãe. A força feminina primordial tem características eróticas, é selvagem e livre e, como a própria Natureza, não pode ser controlada nem dominada. Ela assume várias manifestações e recebe diversos nomes em função da área onde era cultuada. Vittra aparece perto da água, escondida no meio das bétulas, com corpo de mulher, olhos de gato e rabo de raposa, nua ou vestindo uma túnica com as cores da Natureza (verde, azul, amarelo, branco). Sensual e sedutora, ela atrai os homens para fazer sexo com eles e, se fossem de seu agrado, recompensava-os ou os ajudava. Mas, se alguém a desrespeitasse ou desagradasse, sua fúria ou vingança traria consequências perigosas. Para preservar esse patrimônio ancestral, artesãos da Suécia confeccionaram, até os dias de hoje, artigos de vidro e cerâmica representando Vittra, acompanhados de folhetos que relatam sua origem.
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