Conhecida como a “Rainha dos Mortos” finlandesa, Tuonetar mora em Tuonetala, uma selva escura separada da terra dos vivos por um rio de águas escuras. Ela conduz a barcaça negra que leva as almas para seu reino, no qual muitos entram, mas poucos saem. Se algum herói se atrever a ir para Tuonetala sem estar morto, ele tem que percorrer, durante sete dias, um emaranhado de arbustos espinhentos, depois de perambular por mais sete dias por pântanos e, finalmente, atravessar uma floresta escura durante outros sete dias. Ao chegar, enfim, às margens do rio que cerca Tuonetala, o herói é recebido por Kipu-Tytoo, Kivutar, Loviatar e Vanmatar, as filhas da deusa, metamorfoseadas em cisnes negros, que podem, se quiserem, conduzi-lo à presença de Tuonetar. Porém, são poucos os que sobrevivem, pois o rio é repleto de perigos e as filhas de Tuonetar espalham dores e doenças terríveis. Elas também podem se apresentar como mulheres muito feias, de pele escura cheia de marcas, com corpos deformados. Loviatar gerou os monstros chamados câncer, colite, gota, lepra, sarna, tuberculose, varíola, úlcera e inveja. Somente o herói Wainamoniem, filho da deusa Ilmatar, conseguiu escapar, metamorfoseado em peixe, nadando por debaixo da rede de ferro que cerca o rio e recusando a beberagem mágica oferecida por Tuonetar. Se ele tivesse aceitado, seu retorno à terra dos vivos seria impossível.
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