Sar-Akka (Sarakka) – deuses nórdicos

Filha de Madder-Aka, irmã de Juks-Akka e Uks-Akka, Sar-Akka era considerada pelos nativos sami e divindade suprema, criadora do mundo. Seu mito conta como ela criou o corpo físico para abrigar uma alma humana recebida de sua mãe. Compreendem-se, assim, seus atributos como padroeira do processo de gestação e nascimento. Sua tarefa é criar o corpo embrionário dentro do útero, e depois zelar por ele até seu nascimento. Por isso, ela é chamada de Skile-Ovinde, a “Mulher que Divide”, por seu papel de separar o feto do corpo da mãe. Nos tambores dos sami, Sarakka era representada segurando uma forquilha, símbolo da divisão. Sar-Akka é invocada para abrir o ventre da mãe para que a criança possa nascer. Para ajudar no parto, os homens rachavam lenha do lado de fora da casa da parturiente, enquanto a mãe bebia aguardente antes do parto e comia mingau depois. Oferendas de mingau e bebidas fortes eram dedicados à Deusa e colocadas sobre uma pedra. No mingau da parturiente eram colocados três pausinhos: um branco, outro preto e um terceiro com um sinal. Pela forma como eles apareciam no prato da mãe, a parteira lia o futuro do bebê, revelado a ela por Sarakka. Sarakka também é a protetora das casas, dos homens e das mulheres, padroeira da fiação e dos partos das renas. Com a cristianização, ela foi sincretizada com a imagem de Maria, de forma que sua verdadeira natureza pagã fosse esquecida e permanecessem somente duas qualidades maternas.

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