Ran (Rahana) – deuses nórdicos

“A Rainha do Mar”

Deusa nórdica do mar, Ran é também a rainha das ondinas e das sereias, reverenciada por seu poder mágico e profético e admirada por sua beleza, seu talento musical e o dom da sedução. Ela é a protetora das moças e das mulheres solteiras, mas também a padroeira dos afogados – portanto uma deusa da morte. Ran é descrita como uma mulher forte, com cabelos de algas marinhas e colares de ouro e que segura, com uma das mãos, o leme do barco, e com a outra, recolhe, em sua rede mágica, os afogados, levando-os depois para seu reino encantado no fundo do mar, para além do redemoinho do Mar do Norte. Se os mortos levassem ouro consigo, eram tratados com muitas regalias, por isso os marinheiros colocavam sempre pepitas ou moedas de ouro (o ouro era denominado “a chama do mar”) em seus bolsos, antes de viajar, para garantir a boa acolhida nos salões de Ran. Como havia a crença de que os afogados recebiam de Ran a permissão para assistir a seus enterros, as famílias creditavam que, se vissem seus fantasmas no sepultamento, isso significava que estavam bem, sob os cuidados da Deusa, em seu palácio escuro, mas faustoso. O mar, que era chamado de “O caminho de Ran”, tem um regente masculino também, o deus Aegir, marido de Ran, com o qual ela teve nove filhas, as Donzelas das Ondas. Assim como a mãe, as filhas podem aparecer em forma de sereias, que se aproximam nos meses frios de inverno das fogueiras dos acampamentos dos pescadores e assumem corpos e trajes de mulheres para seduzir os homens. Após fazerem amor com eles, as sereias somem e os homens adoecem de tristeza e saudade, definhando até morrer.

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