No mito nórdico existe a figura do dragão, apesar de muitos não terem ideia disso, devido ao fato de suas aparições serem poucas e sem muita expressividade. O dragão nórdico não é original, mas uma assimilação de outra figura que apareceu muito antes, nos mitos indo-europeus.
Para a sociedade indo-europeia, a religião era centrada no culto aos mortos, na adoração do Deus do Fogo (realizada diariamente pelas famílias ao pé da lareira) e na reverência ao Deus do Céu (reservada unicamente aos sacerdotes) e aos poderes da Terra (realizada pelos chefes da família e seus filhos). Os indo-europeus também adoravam o Deus da Tempestade, que era também o senhor da guerra e protegia o povo de seus inimigos. O inimigo do Deus da Tempestade era o dragão, antigo símbolo das energias telúricas das culturas matrifocais, considerado uma criatura perigosa que se lançava das nuvens durante as tempestades e destruía a vegetação. Outras divindades celestes eram a Deusa Solar, filha do Pai Celeste, e seus irmãos, os Gêmeos Divinos, que representavam as Estrelas Matutina e Vespertina.
No mito nórdico, o dragão aparece com um papel interessante, mas quase sem destaque, já que acontece em meio a inúmeros eventos catastróficos que compõem o maior de todos os eventos nórdicos.
Pronunciado por um inverno sem fim, chamado Fimbul, e iniciado após a trágica morte do deus solar Baldur, filho de Odin, o mundo tornou-se palco de guerras, ódio e violência entre os homens. Catástrofes naturais acompanharam a degradação humana; a neve caia sem parar, os ventos sopravam das quatro direções e a terra estava imersa na escuridão. Os lobos Hati e Skoll, que perseguiam o Sol e a Lua, conseguiram enfim alcançá-los e os devoraram. A terra estremeceu, as estrelas caíram da abóbada celeste e a serpente Jormungand saiu de seu esconderijo marinho, causando maremotos e dilúvios. O deus Loki e os monstros Fenrir e Garm conseguiram se soltar das amarras que os mantinham em cativeiro e saíram sedentos de vingança em busca de seus acusadores. O dragão Nidhogg conseguiu roer as raízes de Yggdrasil, estremecendo assim todos os nove mundos. Os galos de Valhalla e Midgard e o pássaro vermelho da deusa Hel alertaram com seu canto o deus Heimdall, que soou sua corneta dando o temido aviso: “Ragnarök estava começando”.
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