Midas – Mitologia Grega

O estranho feio

No devido tempo, Górdias morreu e seu filho Midas o sucedeu como rei. Midas levava uma vida simples, mas elegante – crescera como um jovem amistoso, alegre, educado e admirado por todos –: a Frígia não era um reino especialmente rico, mas a maior parte do tempo e do dinheiro de Midas eram generosamente gastos num maravilhoso jardim de rosas nos terrenos do palácio. Tornou-se uma das maravilhas da época. A coisa que Midas mais amava era passear por esse paraíso de cores e perfumes e cuidar de suas plantas – cada uma das quais dava sessenta flores gloriosas.

Certa manhã, enquanto andava pelo jardim, notando com o encanto habitual como as gotas de orvalho brilhavam tão maravilhosamente nas pétalas delicadas de suas queridas rosas, Midas tropeçou na forma adormecida de um velho feio, barrigudo, enroscado no solo e roncando como um porco.

— Oh — disse Midas —, mil desculpas. Eu não o vi aí.

Com um arroto e um soluço, o velho se levantou e fez uma profunda mesura.

— Peço perdão — disse ele. — Não consegui evitar ser atraído pelo perfume de suas rosas na noite passada. Caí no sono.

— Não se preocupe — falou Midas, educadamente. Ele tinha sido criado para sempre demonstrar respeito pelos mais velhos. — Mas por que não vem até o palácio e compartilha um café da manhã?

— Seria bom. Bondade de sua parte.

Midas não tinha como saber que aquele velho feio e barrigudo era Sileno, o companheiro de farra do deus do vinho, Dioniso.

— Talvez queira tomar um banho…? — sugeriu, enquanto se dirigiam para dentro.

— Por quê?

— Ah, nada. Só uma ideia.

Sileno ficou dez dias e dez noites, fazendo profundas incursões na parca adega de Midas, mas o recompensando com canções, danças e histórias absurdas.

Na décima noite, Sileno anunciou que iria embora na manhã seguinte.

— Meu senhor estará ansiando por mim — disse ele. — Quem sabe o seu pessoal pode me conduzir a ele. Pode?

— Com prazer — concordou Midas.

No dia seguinte, Midas e sua comitiva levaram Sileno na longa jornada para os vinhedos no sul que Dioniso gostava de frequentar naquela época do ano. Depois de muitas horas labutando pelo calor e o emaranhado de alamedas apertadas, morros íngremes e passagens colaterais estreitas, eles se depararam com o deus do vinho e seus atendentes num piquenique no campo. Dioniso estava radiante por ver seu velho amigo.

— Sem você, o vinho fica azedo — declarou. – As danças saem todas erradas e a música não soa bem. Onde você esteve?

— Eu me perdi — contou Sileno. — Este gentil camarada — e empurrou o relutante Midas para que ficasse de frente para o deus — me acolheu em seu palácio e me fez senhor da casa. Bebi quase todo o vinho dele, comi quase toda a sua comida, fiz xixi nas jarras de água e vomitei nas almofadas de seda. Nunca se queixou. Gente boa total. — Sileno deu um tapa nas costas de Midas. Midas deu o melhor sorriso que conseguiu. Ele não sabia das jarras de água e das almofadas de seda.

Dioniso, como muitos bebedores de peso, facilmente ficava muito emocional e afetuoso. Ele apalpou Midas, agradecido.

— Vê? — declarou para o mundo em geral. — Você ? Bem quando a gente perde a fé na humanidade, ela demonstra assim o quanto vale. É isso que meu pai quer dizer com xênia. Faz meu coração estourar. É só dizer.

— Perdão?… — Midas estava a fim de ir embora. Dez dias e noites de Sileno já estava de bom tamanho. O que ele queria agora era estar sozinho com suas flores. Um Dioniso bêbado com uma comitiva inteira de Mênades e sátiros era demais até para a paciência dele.

— Diga o que quer como recompensa. Qualquer coisa. Seja lá o que você… hic!… desejar, eu providentemente adivinharei. Quer dizer — Dioniso emendou, com dignidade —, eu divinamente providenciarei. É isso — acrescentou beligerante, virando o rosto para ninguém em particular.

— Quer dizer, meu senhor, que posso pedir qualquer coisa?

Quem de nós nunca teve fantasias felizes de gênios e fadas concedendo desejos? Sinto dizer que, com essa oferta de Dioniso, Midas foi inundado por uma onda de empolgação.

Já mencionei que a Frígia era um dos reinos mais pobres e, embora Midas não fosse considerado pelos amigos ganancioso ou avaro, gostaria, como qualquer governante, de ter mais dinheiro para gastar com seus exércitos, seu palácio, seus súditos e suas conveniências municipais. As despesas da família real subiam e Midas sempre fora um rei benevolente demais para sobrecarregar seu povo com impostos pesados. Desse modo, um desejo muito extraordinário passou do seu cérebro febril para a boca.

— Então, eu peço isto — disse ele —: que tudo o que eu toque se transforme em ouro.

Dioniso deu um sorriso um tanto diabólico.

— É mesmo? É isso que você quer?

— É isso que quero.

— Vá para casa — recomendou o deus. — Tome um banho de vinho e vá para a cama. Quando você se levantar de manhã, seu desejo estará concedido.

Toque de ouro

É provável que Midas não tenha acreditado que aquela conversa fosse dar em alguma coisa. Era sabido que os deuses se esquivavam, desviavam e resvalavam de suas obrigações.

Mesmo assim, sabe-se lá – afinal de contas, que mal faria? Quer dizer, nunca se sabe… naquela noite, Midas entornou algumas barricas de seu cada vez menor estoque de vinho numa banheira real. Os fumos garantiram que, ao ir para a cama, ele curtisse um sono profundo e tranquilo.

Midas acordou em uma radiosa manhã que apagou de sua mente todas as ideias de desejos malucos e de deuses bêbados. Com pensamentos apenas para as suas flores, ele pulou da cama e correu para o seu amado jardim.

Nunca as rosas pareceram tão lindas. Ele se inclinou e cheirou uma híbrida cor-de-rosa que estava naquele estado perfeito entre botão e flor completamente aberta. O perfume delicioso o fez ficar tonto de alegria. Amorosamente, ele foi desenrolar as pétalas. Em um instante, o cabo e a flor tinham sido transformados em ouro. Ouro sólido.

Midas não pôde acreditar.

Ele tocou uma flor, depois, outra. No momento em que seus dedos as tocavam, elas viravam ouro. Ele correu por todo o jardim gritando, frenético, passando as mãos pelos arbustos até que cada uma tinha se solidificado em ouro dourado precioso, brilhante, inestimável, glorioso.

Pulando e gritando de alegria, Midas contemplou o que antes tinha sido um jardim de rosas raras, e agora era o tesouro mais valioso no mundo. Ele estava rico? Ele estava insana e monumentalmente rico! Nenhum homem sobre a terra jamais tinha sido tão rico.

Os sons de seus gritos exultantes atraíram sua mulher, que saiu pelas portas do palácio e ficou olhando, com a filha bebê nos braços.

— Querido, por que você está gritando?

Midas correu para ela e envolveu mãe e filha num abraço apertado de alegria excitada.

— Você não vai acreditar! — disse ele. — Tudo em que toco vira ouro! Olhe! Eu só tenho de… oh!

Deu um passo atrás e viu que sua mulher e sua bebezinha eram agora uma estátua de ouro fundido, reluzindo ao sol da manhã, um grupo de mãe e filha sólido que deixaria orgulhoso qualquer escultor.

— Vou cuidar disso mais tarde — Midas disse a si mesmo. — Deve haver um jeito de recuperá-las… Dioniso não seria tão… enquanto isso: Zim! Zam! Zum!

Um guarda, a grande porta lateral do palácio e seu trono favorito eram, agora, inteiramente de ouro.

— Vim! Vam! Vum!

A mesa lateral, sua taça, seus talheres – ouro sólido!

Mas o que foi isso? Crack! Seus dentes quase se quebraram ao morder um pêssego de ouro. Tum! Seus lábios tocaram um vinho de ouro. Plop! Um pesado pedaço de ouro que antes era um guardanapo de linho esmagou e machucou seus lábios.

O encanto ilimitado começou a desaparecer quando Midas percebeu todo o significado de seu dom.

Você pode imaginar o resto. Imediatamente, a emoção e o prazer de ter tanto ouro foram transformados em temor e medo. Tudo o que Midas tocava virava ouro, mas seu coração virou chumbo. Não havia palavras, guinchos de imprecação aos céus que transformassem de volta sua mulher e filha frias, solidificadas, em carne viva, quente. A visão de suas amadas rosas pendendo as cabeças pesadas fez a sua própria se inclinar em sofrimento. Tudo em torno dele reluzia e brilhava, faiscava e cintilava num suntuoso brilho dourado espalhafatoso, mas seu coração estava tão sombrio e cinzento quanto granito.

E a fome e a sede! Depois de três dias de comida e bebida transformados em ouro não comestível no momento em que os tocava, Midas se viu pronto para a morte.

Sobre sua cama dourada, cujos lençóis duros e pesados não ofereciam calor ou conforto, ele caiu num sono febril. Sonhou que suas flores estavam de novo florindo, de volta à vida, doces, delicadas – suas rosas, sim, mas mais do que todas as flores, ele entendia agora que o que importava eram sua mulher e filha. No sonho conturbado, contorcido, ele via as suaves cores voltando às faces delas e a luz mais uma vez brilhando em seus olhos. Enquanto essas imagens atraentes dançavam e tremeluziam em sua mente, a voz de Dioniso ressoou dentro dele.

— Homem insensato! É uma sorte que Sileno goste tanto de você. É só por ele que lhe demonstro piedade. Quando você acordar pela manhã, vá até o rio Pactolo. Mergulhe as mãos na água e seu encantamento será dissolvido. Tudo o que você lavar na corrente rápida será recuperado.

Na manhã seguinte, Midas fez o que a voz no sonho instruíra. Como prometido, o contato com as águas do rio o libertou de seu toque dourado. Louco de alegria, ele gastou uma boa semana indo de um lado para outro, mergulhando sua mulher, sua filha, seus guardas, seus empregados, sua rosas e tudo o que tinha no rio e batendo palmas deliciado quando eles voltavam a seu estado original, sem valor – mas inestimável.

Depois disso, as águas do Pactolo, que serpenteia em torno do sopé do monte Tmolo, se tornaram a única grande fonte de eletro, uma liga natural de ouro e prata em todo o Egeu.

As orelhas do rei Midas

Seria de supor que Midas, a essa altura, tivesse aprendido a lição. A lição que se repete continuamente através da história do homem. Não se meta com os deuses. Não confie nos deuses. Não irrite os deuses. Não negocie com os deuses. Não compita com os deuses. Deixe os deuses para lá. Trate todas as bênçãos como uma praga e todas as promessas como uma armadilha. Acima de tudo, jamais insulte um deus. Nunca.

Sob um aspecto, Midas certamente mudou. Ele já não desprezava apenas o ouro, mas todas as riquezas e posses. Logo depois de Dioniso suspender a praga, Midas se tornou um devoto seguidor de Pan, o deus da natureza, com pés de cabra, deus dos faunos, dos prados e de todas as coisas silvestres no mundo.

Com flores no cabelo, sandálias nos pés e uma mera sugestão de roupa cobrindo seu recato, Midas largou a mulher e a filha a cargo da Frígia e se dedicou a uma vida de hippie feliz e de simples virtude bucólica.

Tudo podia ter dado certo se não fosse seu mestre, Pan, ter botado na cabeça a ideia de desafiar Apolo numa competição para determinar qual era superior, a lira ou a flauta.

Uma tarde, num prado que ficava nas encostas do monte Tmolo, Pan levou a flauta aos lábios ante uma plateia de faunos, sátiros, dríades, ninfas, semideuses sortidos e outros imortais de menor importância. Uma melodia rude, mas agradável, emergiu no modo lídio. Pareceu atrair veados que bramiam, jorros de águas, coelhos às cambalhotas, garanhões no cio e cavalos a galope. A melodia rude, rústica, encantou a plateia, especialmente Midas, que realmente adorava Pan e toda a alegria travessa e a loucura que o deus dos pés de cabra representava.

Quando Apolo se levantou e soou as primeiras notas de sua lira, abateu-se um silêncio. De suas cordas, surgiam visões de amor universal, harmonia e felicidade, uma profunda permanência de alegria na vida e um sentimento do próprio céu.

Quando acabou, a plateia se levantou para aplaudir em uníssono. Tmolo, a divindade da montanha, exclamou:

— A lira do grande senhor Apolo vence. Todos concordam?

— Sim, sim!, — rugiram os sátiros e faunos.

— Apolo, Apolo! — exclamaram as ninfas e as dríades.

Uma única voz objetou.

— Não!

— Não? — Dúzias de cabeças se voltaram para ver quem tinha ousado discordar.

Midas ficou de pé.

— Eu discordo. Digo que a flauta de Pan produz o melhor som.

Até Pan ficou atônito. Apolo silenciosamente depositou sua lira e caminhou até Midas.

— Repita.

Pode-se dizer de Midas que ele, pelo menos, tinha a coragem de afirmar suas convicções. Engoliu duas vezes antes de repetir:

— Eu… Eu digo que a flauta tem um som melhor. A música dela é mais… emocionante. Mais artística.

Apolo devia estar de bom humor naquele dia, porque não abateu Midas ali mesmo. Não esfolou a pele dele, camada por camada, como tinha feito com Marsias, quando o infeliz teve a temeridade de o desafiar. Não provocou em Midas sequer a mais leve dor, mas disse suavemente:

— Você honestamente acha que Pan tocou melhor do que eu?

— Acho.

— Bom, nesse caso — disse Apolo com um riso —, você deve ter orelhas de burro.

Tão logo essas palavras saíram da boca do deus, Midas sentiu algo estranho e quente e áspero na cabeça. Tenteou com a mão inquisidora, e uivos, apupos, gritos e guinchos de riso zombeteiro começaram a emergir da multidão reunida. Todos podiam ver o que Midas não conseguia. Duas grandes orelhas de burro, cinzentas, tinham aparecido através do cabelo dele e estremeciam e abanavam para trás e para a frente para o mundo inteiro ver.

— Parece que eu tinha razão — disse Apolo. — Você realmente tem orelhas de burro.

Rubro de vergonha e mortificação, Midas virou as costas e fugiu da clareira, com os escárnios e as vaias do povo soando ainda mais alto em suas grandes orelhas peludas.

Sua vida como seguidor de Pan tinha terminado. Amarrou a cabeça num turbante e voltou para a esposa e a família no palácio de Górdium e se estabeleceu outra vez na vida de rei – sua experiência despreocupada de vida no campo decididamente estava acabada.

A única pessoa que viu suas orelhas de burro era, necessariamente, o empregado que cortava seu cabelo todos os meses. Ninguém mais na Frígia conhecia o terrível segredo, e Midas estava determinado a que continuassem assim.

— O negócio é o seguinte — disse Midas ao barbeiro. — Eu lhe dou um salário maior e uma pensão mais generosa do que a qualquer outro membro do pessoal do palácio se você mantiver silêncio a respeito do que viu. Se, no entanto, disser uma palavra a qualquer um, vou massacrar sua família na sua frente, cortar sua língua e deixá-lo vagando pelo mundo em pobreza e exílio mudos. Entendeu?

O assustado barbeiro assentiu com a cabeça.

Durante três anos, cada lado cumpriu o combinado. A mulher e a família do barbeiro engordaram, felizes com o dinheiro extra que entrava, e ninguém descobriu nada sobre os apêndices auditivos asininos do rei. Turbantes no estilo de Midas ficaram na moda por toda a Frígia, Lídia, Trácia e além. Estava tudo bem.

Mas segredos são terríveis de se guardar. Especialmente os suculentos, como o que o barbeiro real estava sabendo. Todos os dias, ele se levantava e sentia que o conhecimento estava se retorcendo e inchando dentro dele. O barbeiro adorava sua mulher e sua família, e era, de qualquer modo, fiel ao monarca o bastante para não querer humilhá-lo nem o envergonhar. Mas aquele segredo inchando, virando um balão, tinha de ser liberado de algum modo, antes que estourasse. Nenhuma vaca com tetas inchadas, nenhuma mãe de gêmeos que passaram do prazo, nenhum gastrônomo que comeu demais em sua privada, ninguém podia jamais ter sentido uma necessidade tão desesperada para se aliviar de suas agonias do que esse pobre barbeiro.

Finalmente, ele descobriu um esquema que tinha a certeza de que o deixaria livre de seu peso, sem pôr sua família em perigo. Ao acordar, depois de uma noite torturante na qual ele sonhara ter revelado o segredo para toda a população de Górdium a partir do balcão para a praça principal, saiu de manhãzinha e se embrenhou pelo campo remoto. Em um lugar isolado ao lado de um riacho, cavou uma trincheira funda no chão. Olhando bem em torno para ter a certeza de que não havia ninguém para ouvir, ele se ajoelhou, colocou as mãos ao redor da boca e gritou estas palavras para o buraco:

— Midas tem orelhas de burro!

Raspando freneticamente para fechar o buraco antes que as palavras escapassem, ele não notou uma sementinha mínima flutuando e se depositando no fundo…

Depois de o buraco ter se enchido novamente, o barbeiro bateu bem forte com os pés sobre a terra para selar o horrível segredo. Voltou saltitando o caminho inteiro até Górdium, dirigiu-se direto para sua taverna preferida e pediu uma jarra do melhor vinho da casa. Agora, podia beber sem temer que o vinho lhe soltasse a língua. Era como se ele fosse Atlas e o céu tivesse finalmente sido tirado de seus ombros.

Enquanto isso, durante as semanas seguintes, lá no campo remoto ao lado do riacho, aquela sementinha, aquecida pelo suave hálito de Gaia abaixo, começou a germinar. Logo, um pequeno junco delicado estava forçando a passagem sobre o solo e empinando sua delicada cabeça no ar. Quando a brisa atingiu o junco, ele sussurrou suavemente:

— Midas tem orelhas de burro.

As palavras débeis alcançaram os caniços e as ervas que orlavam as ribanceiras do rio.

— Midas tem orelhas de burro…

O sussurro dos caniços e o assovio das ervas foram varridos pelas gramas e folhas das árvores e, rapidamente, o zunido dos ciprestes e salgueiros enviou o som pela brisa.

— Midas tem orelhas de burro — suspiraram os galhos.

— Midas tem orelhas de burro — cantaram os passarinhos.

E, por fim, a notícia chegou à cidade.

— Midas tem orelhas de burro!

O rei Midas acordou assustado. Havia risos e gritos na rua fora do palácio. Ele se arrastou até a janela, se agachou e ouviu.

A humilhação era demais para ele. Sem parar para se vingar do barbeiro e da família do barbeiro, ele misturou uma bebida venenosa de sangue de boi, ergueu os olhos para o céu, soltou uma amarga gargalhada, deu de ombros, bebeu todo o veneno e morreu.

Pobre Midas. O nome dele significará sempre alguém rico e com sorte, mas, na verdade, ele era azarado e pobre. Se ele simplesmente tivesse ficado com suas rosas… Dedos verdes são melhores do que dourados.