Por Lucas Rosalem
Nesta série de resenhas sobre os cantos da Ilíada, ainda que os posts pareçam longos, eles não são sequer comparáveis, em volume [e glória!] aos cantos originais. Não pense que, com estes resumos, você leu a Ilíada. Leia! (e assista aos nossos vídeos também XD) Links dos outros posts e dos vídeos lá embaixo.
Anteriormente, vimos que uma terrível peste assolava os aqueus (gregos), sinal da punição do deus Apolo, depois que Agamenon não quis devolver a filha de seu sacerdote. Quando os aqueus descobriram que essa era a causa, ele admitiu que deveria devolver a moça, mas só o faria pegando para a si o prêmio de Aquiles: uma outra moça, também adquirida da mesma forma – e assim ele o fez, provocando a ira de Aquiles, que se separou dos gregos, deixando-os à sua sorte. Zeus, apoiando Aquiles, ilude Agamenon com um sonho de vitória, e este incita o povo para o combate.
No Canto 3 da Ilíada, somos imersos no fervor da guerra entre os Gregos e os Troianos, uma guerra alimentada por paixões ardentes e rivalidades profundas. Tudo começa com a descrição da fúria dos Troianos enquanto avançam em direção ao campo de batalha, em contraste com a determinação silenciosa dos Gregos.
O confronto épico se inicia com o desafiante Paris, conhecido também como Alexandre, avançando com confiança, brandindo sua espada e desafiando qualquer um que ouse enfrentá-lo. Este momento revela pela primeira vez a rivalidade entre Paris e Menelau, que está decidido a vingar a honra de sua família.
A tensão atinge o ápice quando Menelau se prepara para enfrentar Paris em combate singular, e é neste momento que Heitor, irmão de Paris, revela a verdadeira causa do conflito: Paris havia seduzido Helena, esposa de Menelau, e a levado para Troia, desencadeando a fúria dos Gregos.
Uma luta pela posse de Helena é proposta, e Paris aceita o desafio, desencadeando uma batalha que decidirá o destino da bela Helena. Enquanto os guerreiros se preparam para o confronto, Menelau compartilha sua angústia, revelando que estão em Troia por causa do rapto de sua amada esposa, não por sua própria vontade.
Enquanto os heróis se preparam para a batalha, Helena e o rei Príamo de Troia observam do alto das muralhas, reconhecendo os combatentes abaixo. A luta começa com fúria e determinação, mas não é como nos contos de glória épica. Paris e Menelau lutam com vigor, equilibrando-se em uma dança mortal.
No entanto, a intervenção divina da deusa Afrodite muda o curso da batalha, protegendo Paris e permitindo sua fuga com Helena. A confusão resultante permite que Paris escape ileso, levando consigo a bela Helena. Os Troianos clamam vitória enquanto Agamêmnon, líder dos Gregos, grita em fúria.
Assim termina o Canto 3, marcando um momento crucial na guerra entre Gregos e Troianos, onde o destino de Helena e o orgulho dos combatentes estão em jogo. Este canto, repleto de intrigas, rivalidades e ação intensa, promete desdobramentos emocionantes que serão explorados em detalhes futuros.
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