Beiwe e Beiwe-Neida – deuses nórdicos

Na cosmologia do povo sami, a deusa solar Beiwe e sua filha Beiwe-Neida percorrem o céu em uma carruagem feita de chifres e peles de renas. Elas providenciam a brotação da vegetação ártica na primavera e favorecem o crescimento das plantas para que as renas possam se alimentar e reproduzir. Nos solstícios, a carne de animais sacrificados (fêmeas) era cortada em rodelas, colocada em bastões, enfeitada com fitas coloridas e ofertada às deusas. Beiwe é invocada para curar a depressão (provocada pela ausência do Sol durante o longo inverno ártico) e os casos de loucura (possivelmente em razão da subnutrição e da falta de vitaminas). Para atrair a sua bênção, os sami besuntavam as portas das casas com manteiga, acreditando que, pela ação dos raios solares, Beiwe dela se alimentaria e ficaria feliz. No solstício de verão, as casas eram enfeitadas com guirlandas de galhos verdes amarrados com fitas coloridas e um mingau tradicional era feito com manteiga e aveia e compartilhado ritualisticamente entre Beiwe, sua filha e toda a comunidade, como agradecimento pelas dádivas trazidas pela luz do Sol.

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