Astarote era uma deusa cananeia que foi adorada em várias culturas antigas do Oriente Médio, incluindo os fenícios, filisteus e outros povos da região. Na Bíblia, Astarote é frequentemente mencionada como a deusa principal do panteão cananeu e associada à fertilidade, amor e guerra.
Ao longo dos séculos, a adoração de Astarote foi fortemente criticada pelos profetas e líderes religiosos do povo de Israel, que a consideravam um ídolo e uma abominação aos olhos de Deus. O livro de Juízes relata que o povo de Israel se desviou de Deus e começou a adorar Astarote juntamente com outros deuses cananeus, o que provocou a ira de Deus e resultou em punições e castigos.
Astarote também é mencionada em conexão com outros deuses estrangeiros, como Baal e Moloque, que foram adorados em Israel durante o período dos reis. O profeta Elias lutou contra os profetas de Baal e Astarote em um famoso duelo no Monte Carmelo, durante o qual ele desafiou os profetas a invocar seus deuses para acender um fogo sacrificial. Após a vitória de Elias, o povo de Israel reconheceu o poder do Deus de Israel e renunciou à adoração de ídolos.
Astarote também é mencionada no livro de 1 Samuel como uma das deusas adoradas pelos filisteus, que capturaram a arca da aliança dos israelitas durante uma batalha. Os filisteus levaram a arca para o templo de Dagon, outro deus filisteu, mas eles foram atingidos por uma série de pragas e desastres que forçaram a devolver a arca para os israelitas.
Embora a adoração de Astarote tenha sido rejeitada pelos líderes religiosos de Israel, a deusa teve uma presença significativa na cultura e na mitologia do Oriente Médio antigo. Sua história é um lembrete das muitas crenças e práticas religiosas que influenciaram a região e moldaram a cultura e a história da humanidade.