As Fábulas de Esopo
são um marco clássico, datando de pouco depois de Homero e Hesíodo, no século VI ou VII a.C. Sua influência foi tão significativa que até mesmo Heródoto, o primeiro historiador, fez menção a ele. Platão discutiu suas obras no diálogo Fédon, e Aristóteles o mencionou em sua retórica. Sua importância reside na criação do gênero narrativo das fábulas, que são histórias curtas com uma moral, e é por isso que as conhecemos como “as fábulas de Esopo”.
Esopo, muitas vezes descrito como um escravo ou ex-escravo extraordinariamente inteligente, costumava contar suas histórias em praça pública. Há relatos de que ele foi escravo de um filósofo chamado Xanto, que o libertou posteriormente. Plutarco também menciona que Esopo serviu como conselheiro para o rei Creso da Lídia.
Embora a coleção completa das fábulas de Esopo tenha sido reunida por Demétrio de Falero no século IV a.C., essa coleção original se perdeu ao longo do tempo. Somente no século XIV, com o monge bizantino Maximus Planudes, houve uma revisão das fábulas, que muitos acreditavam ter uma origem cristã.
As fábulas de Esopo são compostas por pequenas narrativas, geralmente envolvendo animais que falam, e são seguidas por um provérbio ou uma lição moral. Charles Perrault e La Fontaine foram outros escritores que se inspiraram em suas fábulas.
Alguns exemplos notáveis incluem “A Lebre e a Tartaruga”, “O Galo e a Pérola”, “O Leão Velho” e “O Rato e a Rã”. Cada fábula transmite uma lição de vida através de alegorias e sabedoria prática.