Anhangá – deuses tupi-guarani

Anhangá

O cervo protetor amazônico: Anhangá!

Ahiag̃ (Anhangá), na mitologia dos povos tupis e Mawé, Ahiag̃ são retratados como uns dos vários demônios seguidores de Yurupari (Jurupari). Essas criaturas são conhecidas e temidas por se transformar em diversas formas para enganar as pessoas, sequestrá-las, matá-las e comê-las. Eles são capazes ainda de amaldiçoar pessoas e até mesmo de possuí-las. Ahiag̃ não sabem nadar. Demônios não têm coragem de entrar na água por medo do espírito protetor das águas (Sukuyu’wera), seu inimigo. Origem do nome “Anhangá” vem do termo tupi añánga, “espírito”.

Segundo alguns mitos, era o protetor da caça nas florestas, protegendo os animais contra os caçadores. Quando a caça conseguia fugir, os índios diziam que Anhangá as havia protegido e ajudado a escapar.

Os jesuítas catequizadores dos índios utilizaram o vocábulo Anhangá para se referir ao demônio cristão. Isto por conta de Anhangá (que quer dizer “alma velha”) ser semelhante ao termo “Anhanguera“, que quer dizer “diabo velho”. Entrementes, na mitologia indígena, o ser que mais se assemelha ao diabo cristão é Jurupari, o espírito maligno.

Veado com olhos de fogo, que além de enganar os caçadores, desviando o tiro de suas armas rumo às pessoas queridas, traz febre e loucura em que o vê.

O vale do Anhangabaú é envolto em mistérios, em seu subsolo passa o rio Anhangabaú que em tupi-guarani significa mau espírito, ou seja, rio do mal espírito, ou onde mal espírito bebe água.

Ele nasce no atual bairro do Paraíso, no subsolo de onde hoje fica a Avenida 23 de Maio, segue pela própria Avenida 23 de Maio, Vale do Anhangabaú até desaguar no rio Tamanduateí na Avenida do Estado.

Na época da colonização de São Paulo, indígenas tinham medo de cruzar o rio, diziam que sofreriam ataques do Anhangá, uma criatura maligna da mata. O Anhangá se apresenta sob a forma de vários animais, entre eles galinha do mato, morcego, macaco, rato, humano, mas principalmente como um veado branco com olhos de fogo e uma cruz na testa entre os olhos. Quando tem contato com algum humano, traz para quem o viu a desgraça e os lugares frequentados por ele são ditos mal-assombrados. Ele protege os pequenos animais e plantas dos seres humanos, ou seja, não deixavam nem os índios caçarem para subsistência.

Na atualidade o vale do Anhangabaú abriga em sua volta centenas de prédios altos e alguns centenários, dentre esses são tidos como mal-assombrados o prédio dos correios, o teatro municipal, o edifício Martinelli, Edifício Joelma o Edifício Andraus e a câmara dos vereadores de São Paulo. Os 4 últimos são palcos de grandes desgraças, que são os incêndios do Joelma e Andraus e a morte do garoto que caiu de vários andares no poço do elevador do edifício Martinelli e a câmara dos vereadores de São Paulo foi por onde ficáramos corpos dos mortos do incêndio do Edifico Joelma. Até o famoso castelinho da Rua Apa, não fica tão distante do Vale do Anhangabaú.

É a única região urbana do Brasil que concentra tantos casos sobrenaturais em seu entorno, seria a ação do Anhangá pôr os seres humanos terem destruído toda a natureza em volta do rio Anhangabaú? Sensitivos afirmam que o vale do Anhangabaú emite energia muito ruim, o que faria com que seu entorno absorveria parte dessa energia.

Os animais das florestas e campos vivem tranquilos, pôs tem um defensor contra o homem-caçador. Seu nome é Anhangá. Anhangá é o Deus protetor das matas. Ele é grande veado branco encontrado, com olhos vermelhos. Um caçador que ameaça algum animal, principalmente se for uma fêmea amamentando seu filhote, é perseguido por anhangá. Dizem que a muito tempo, um índio insistiu em perseguir uma veada, mesmo vendo que ela estava com sua cria. No alto de uma montanha, anhangá, com seus olhos vermelhos e ar majestoso, observava a cena. Com grande crueldade, o índio armou seu arco e fecha e disparou contra o filhotinho, ferindo o pobre animalzinho. Não satisfeito com tanta crueldade, agarrou o pobrezinho e escondeu-o atrás de uma árvore. Apavorado, o veadinho gritou pela sua mãe. Ao ouvir os gritos desesperados do filhote, a veada aflita correu na direção da árvore.

Leia mais sobre a Mitologia Tupi-guarani.