“Aquele que Preparava o Hidromel”
Deus Vanir do mar, Aegir, é casado com a giganta Ran e pai das nove “Donzelas das Ondas”. Ele controla os ventos e as ondas e representa o poder do oceano, que tanto pode beneficiar quanto prejudicar os seres humanos. Inúmeros poemas escandinavos lamentam a perda de vidas humanas devoradas pelas “mandíbulas de Aegir”, como era designado antigamente o mar. Os piratas saxões sacrificavam um décimo de seus prisioneiros atirando-os ao mar, para fazerem um “agrado” a Aegir e serem protegidos das tempestades e dos naufrágios. Descrito como um velho com barba, olhos penetrantes e sorriso benevolente – mas com dedos em forma de garras -, Aegir surgia do mar para anunciar a tempestade e os naufrágios. Assim como Ran, Aegir também usava uma rede para recolher os afogados, que receberiam sua generosa hospitalidade, regada a hidromel – desde que tivessem nos bolsos pepitas ou moedas de ouro. O objeto mágico de Aegir era o caldeirão, no qual era preparado o hidromel servido aos deuses. O caldeirão também era associado ao mar, como receptáculo arcaico da transmutação, da criação e da destruição da vida. Há uma certa controvérsia sobre a origem de Aegir, pois algumas fontes consideram-no um gigante, e não um deus. Como os gigantes – do mar ou da terra – foram os precursores das divindades Vanir, esse detalhe deixa de ser importante. O que realmente conta é a antiguidade do culto a Aegir e o temor e respeito que inspiram nos homens, ao longo das eras, seus poderes de destruição ou proteção.
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