A Revolução Industrial foi um período de transformação profunda que começou na Inglaterra no século XVIII e se espalhou para o resto do mundo no século XIX. Foi marcada por uma rápida transformação da agricultura em indústria mecanizada, motivada por inovações tecnológicas na produção de aço, ferramentas, máquinas a vapor e processos fabris.
A Revolução Industrial teve início com a mecanização da indústria têxtil, particularmente do algodão. A máquina a vapor de James Watt tornou possível estabelecer fábricas em grande escala, separadas da residência do proprietário. Isto permitiu coagrupar trabalhadores assalariados e combinar a força motriz de várias máquinas numa só fábrica.
No final do século XVIII, a mecanização estendeu-se à indústria siderúrgica com a invenção do alto-forno a coque por Abraham Darby. Isto permitiu a produção maciça e a baixo custo de ferro e aço, o que revolucionou a construção de máquinas, pontes, edifícios e navios.
A Revolução Industrial teve enormes consequências. Por um lado, representou um enorme progresso técnico que aumentou a produção, reduziu os custos e tornou os bens disponíveis para mais pessoas. Por outro lado, trouxe profundas mudanças sociais, com a concentração de trabalhadores em fábricas, em condições muitas vezes adversas e exploradoras, especialmente no início.
A revolução industrial transformou a economia mundial ao mudar os sistemas de produção e troca. Deslocalizou atividades para áreas com menor custo de mão de obra, alterando padrões de comércio. Houve uma explosão demográfica nas cidades industriais e melhorias nas condições de higiene e saúde. Mudaram-se os papéis e status sociais de homens, mulheres e crianças.
O progresso técnico acelerado transformou a sociedade num todo. Novas formas de comunicação e transporte alteraram as relações espaço-temporais. A produção em massa reduziu custos e tornou os bens acessíveis a mais pessoas, mudando padrões de consumo. Fortunas foram feitas e famílias inteiras encontravam-se submetidas a ritmos desumanos de trabalho nas fábricas.
A Revolução Industrial foi um catalisador do progresso e do capitalismo industrial, mas também deu origem aos movimentos sociais de contestação ao sistema fabril. Alcançou um ponto sem retorno e transformou o mundo do campo à cidade, da produção artesanal e arcaica à produção em massa. Foi o motor da modernização e do progresso, mas também causou grandes disrupções sociais e humanitárias.