Roy B. Zuck, teólogo falecido em 2013, nos deixou várias obras excelentes, dentre as quais: A Interpretação Bíblica e Teologia do Antigo Testamento. A segunda é uma especificação da primeira (em breve, farei também uma resenha dela).
Em “A Interpretação Bíblica”, um livro sobre hermenêutica, Zuck não ficou no básico ou no óbvio. Ele foi muito além e produziu um material com muitos exemplos práticos e que serve muito bem para teólogos em sala de aula, pastores em geral e até cursos de hermenêutica para cristãos comuns. Em partes, essa facilidade (e abrangência) do uso deste livro se dá pela didática, mas também pelos exercícios ao final de cada seção do livro.
No primeiro capítulo, como acontece na maioria desses materiais, explica sobre hermenêutica. No 2, fala sobre a história da hermenêutica, do início até os dias de hoje. Nesse capítulo, há muitas informações interessantes e detalhadas que, mesmo depois de ler vários livros a respeito, eu não havia encontrado em lugar algum. O autor também apresenta muitas fontes, das quais muitas são relativamente fáceis de encontrar.
Outros pontos abordados são a dificuldade cultural de interpretação da Bíblia, a dificuldade gramatical e literária. Este último item abre uma série de boas explicações sobre o uso de figuras de linguagem na Bíblia, uma seção muito boa sobre tipologia e simbologia, análise das parábolas e alegorias, e interpretação do conteúdo profético.
A penúltima seção é sobre o emprego do AT no NT, talvez a seção mais preciosa deste livro, que vale a pena por si só. Os exemplos e explicações são muito claros.
Por fim, o autor trata de algo muito importante quando o assunto é a leitura, o estudo ou a pregação da Palavra: a aplicação em nossos dias. A seção pega de jeito vários pensamentos equivocados bastante recorrentes, alguns que irão te surpreender certamente!
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