A História de Asa Branca

Asa Branca é uma das músicas mais icônicas da música brasileira, imortalizada na voz do cantor Luiz Gonzaga. A canção, que se tornou um hino do sertão nordestino, conta a história da seca e da migração forçada de muitos nordestinos em busca de melhores condições de vida.

A letra de Asa Branca foi escrita por Luiz Gonzaga em parceria com Humberto Teixeira, e foi gravada pela primeira vez em 1947. A música se tornou um sucesso imediato, e desde então tem sido regravada por centenas de artistas em todo o país.

A história de Asa Branca começa no sertão nordestino, uma região marcada pela seca e pela pobreza. A letra descreve a paisagem árida e a falta de chuva, que faz com que os animais e as plantações morram. Os nordestinos, que dependem da agricultura e da pecuária para sobreviver, são obrigados a deixar suas terras e buscar trabalho em outras regiões.

A música fala sobre a jornada dos migrantes, que enfrentam longas caminhadas sob o sol escaldante, sem água nem comida. Eles sonham com a chuva, que pode trazer de volta a vida e a esperança. O refrão de Asa Branca, que diz “Quando o verde dos teus olhos se espalhar na plantação, eu te asseguro não chore não, viu? Que eu voltarei, viu, meu coração”, é um hino de esperança e de amor pelo sertão.

A letra de Asa Branca é uma homenagem aos nordestinos que lutam pela sobrevivência em um ambiente hostil. A música é também um grito de protesto contra a desigualdade social e a falta de políticas públicas para combater a seca e a pobreza.

Luiz Gonzaga, que era natural de Pernambuco, se tornou conhecido como o “Rei do Baião”, um gênero musical que mistura elementos do forró, do samba, do jazz e da música folclórica nordestina. Suas músicas se tornaram um símbolo da cultura nordestina, e ele é considerado um dos maiores artistas da música brasileira de todos os tempos.

Asa Branca continua a ser uma das músicas mais populares do Brasil, e é frequentemente tocada em eventos culturais e festas juninas. A música é um testemunho da força e da resiliência dos nordestinos, que lutam contra a seca e a pobreza para manter viva a cultura e a tradição do sertão.