Saiga

A saiga é este bicho esquisito aqui:

Em Anthares, trata-se de uma espécie animal oriunda de Fonte Azul, mas que por estar na Terra antes do fechamento do portal, foi colocada na arca por Noé, junto com mais alguns animais de lá também, como o haka.

Mas há uma curiosidade sobre a saiga: o seu chifre é mágico. Ou quase isso.

A questão é a seguinte: o portal de acesso entre as dimensões funcionava como uma propriedade semelhante à transubstanciação dos Acsï. Ou seja, o portal era um tipo de máquina que transubstanciava toda e qualquer matéria que passasse por ele, convertendo-a na matéria relativa à substância da dimensão de destino. Em outras palavras: visto que tudo que há neste universo aqui é de uma mesma substância, que é diferente da substância do outro universo, e por isso um não colide com o outro, então, isso significa que nós já estamos simultaneamente nos dois universos ao mesmo tempo. Porém, nós só vemos, ouvimos e sentimos um dos universos, que é o universo relativo à nossa própria matéria corporal. O portal, então, transforma a nossa matéria ou qualquer outra coisa jogada através dele (carbono, ouro, oxigênio, etc.) nos itens correspondentes ao que existe na outra dimensão. Entretanto, nem todos os elementos das duas dimensões são idênticos. Por isso, quando algo passava pelo portal, ele analisava e, em tempo real, convertia a matéria como se estivesse buscando na tabela periódica o item equivalente, e quando não encontrava, fazia uma aproximação. Essas aproximações eram sempre imperfeitas (“bugadas”) e é exatamente o que acontece com um dos elementos que existem no chifre da saiga.

Cada elemento bugado acabava tendo uma propriedade diferente, que no caso do chifre da saiga é um tipo de desbalanço energético, que faz com que, por exemplo, uma batida no chifre retorne uma reação (força) muito maior do que a normal. Por isso mesmo, os arcos feitos com esse chifre era muito resistentes e muito mais potentes, lançando flechas com velocidade muito acima do comum.

Historicamente, é sabido que os mongóis faziam seus arcos com chifre da saiga. E nós já usamos isso como elemento narrativo no conto O Ódio e a Peste de Orda.

Veja abaixo mais uma imagem do chifre.

Observação: um outro animal que, provavelmente, iremos tratar como oriundo de Fonte Azul é o hipopótamo, e você pode entender o motivo neste link.

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